Esporte

De olho nos Jogos Paralímpicos, Jady Malavazzi busca completar galeria de títulos

Atleta contou sobre a rotina de treinos e detalhou as conquistas recentes 

23.01.202417h50 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Jady Malavazzi, paratleta de handbike patrocinada pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), tem uma carreira vitoriosa e já conquistou todas as medalhas possíveis nos campeonatos em que participou. Menos um. “Já tenho medalhas de todas as provas: Mundial, Copa do Mundo, ParaPan. Só falta a paralímpica para fechar o quadro”, diz ela, que terá uma nova chance este ano, nos Jogos Paralímpicos de Paris.  

“Estou muito ansiosa para os jogos de Paris, com toda certeza, estou pensando em todos os detalhes, tentando monitorar tudo”, aponta Malavazzi, durante visita ao campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). 

Jady Malavazzi está motivada e empenhada para conquistar a medalha que lhe falta. Seu preparo envolve uma série de fatos que vão além dos treinos. Ela também busca estudar o percurso da prova, para saber com exatidão os pontos em que precisa se preparar melhor. “Já comecei a estudar um pouco, o percurso de Paris já foi publicado. Com as informações que tenho, tento encontrar lugares onde eu treino, lá em Brasília, que seja parecido”, explica. Ela também faz uso de um rolo de treino de ciclismo, que é capaz simular o trajeto, com subidas, descidas, curvas e todos os pontos que demandam atenção do ciclista.  

A atleta mackenzista tem uma rotina de treinos bastante intensa. Com foco total na competição em Paris, ela abriu mão de férias, para não perder o ritmo dos treinos. “Por conta do meu planejamento para Paris, eu não pude ter muito tempo de descanso, porque iria prejudicar a minha performance para o ParaPan, então tivemos que vir do Mundial, parar rapidinho e emendar. Então, desde o ano passado, foi direto”, diz.  

Além disso, Jady Malavazzi conta com diversos suportes em sua preparação, como apoio psicológico e fisioterapia, para evitar lesões sérias, como a que ela teve em 2019 e que quase a tirou dos últimos Jogos Paralímpicos. “Em Tóquio, eu fiquei doente, fiquei praticamente dois anos fora e voltei seis meses antes. Para mim, se eu completasse a prova, eu já estava feliz”, afirma.   

Agora, ela está completamente recuperada e em sua melhor forma física para as Paralimpíadas deste ano. “Eu demorei para conseguir voltar ao desempenho que eu tinha antes, demorei em torno de um ano e meio. E desde então, estou evoluindo”, garante a atleta.   

2023 de muitas conquistas  

Em agosto do ano passado, aconteceu o Mundial de ciclismo na Escócia, com todas as modalidades de ciclismo, olímpico e paralímpico. O evento contou com cerca de 16 mil atletas. Jady Malavazzi teve um bom desempenho, mas bateu na trave no pódio: 4º lugar na prova de estrada e 6º lugar na prova contra relógio. “Foi um nível muito alto, eu fiz uma estratégia mais arriscada, teve seus prós e contras, e o resultado foi muito bom. Consegui deixar atletas fortes para trás”, afirma. 

Em novembro, Jady mostrou do que era capaz, com completo destaque no ParaPan de Santiago. No Chile, ela conquistou medalha de ouro na prova de estrada e medalha de prata na prova contra relógio. “Eu consigo ter uma largada forte. Era um percurso mais favorável para mim, eu tenho maior facilidade no percurso plano, por conta do meu peso”, destaca. 

Próximos passos 

Jady Malavazzi disputará a sua terceira Paralimpíada. Aos 29 anos, no entanto, ela ainda não sabe se será a sua última edição. “Eu estou pensando em Paris. Eu vejo que tenho condições de ir para mais uma Paralimpíada, mas ainda estou amadurecendo a ideia. Eu ainda tenho vontade de seguir, mas deve ser bastante planejado”, declara.  

Os Jogos Paralímpicos começam no dia 28 de agosto.   

Patrocinada pelo Mackenzie desde a sua primeira participação paralímpica, ela destaca a importância do apoio mackenzista em sua carreira. “O Mackenzie está comigo desde os meus primeiros jogos, entrou numa fase em que eu estava buscando apoio para os meus primeiros jogos e a parceria continuou. O IPM passou pela fase mais difícil, na época da lesão, estava comigo, foi o único patrocinador que continuou comigo nesta fase”, conclui ela.