13.05.2024 Saúde e Bem-Estar
A doença de lúpus é uma enfermidade autoimune - o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, por engano. Essa condição desafia seus portadores e profissionais da saúde em todo o mundo, uma vez que pode se manifestar em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, mas algumas situações facilitam a manifestação do lúpus.
A doença é mais comum em mulheres do que em homens, mas pode se manifestar em ambos os sexos. A maior parte dos diagnósticos de lúpus acontece entre os 15 e os 40 anos, mas pode surgir em qualquer faixa etária. Vale destacar que o lúpus é mais comum em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas. Além disso, a incidência do lúpus chega a ser três a quatro vezes maior em mulheres negras do que em mulheres brancas.
O lúpus continua sendo uma condição complexa e desafiadora, mas com ajuda, é possível ter uma boa qualidade de vida. O tratamento é diferenciado para cada caso, conforme os níveis de intensidade e agressividade da doença. Confira alguns processos.
Um quebra-cabeça médico
A doença de lúpus é como um quebra-cabeça médico, desafiando diariamente médicos a tratar seus sintomas variados. A condição autoimune pode afetar diferentes partes do corpo, incluindo pele, articulações, rins, cérebro e órgãos internos. Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem fadiga extrema, erupções cutâneas, dores articulares, febre, inflamação nos órgãos internos e sensibilidade à luz solar.
Diagnóstico complexo
Diagnosticar a doença de lúpus pode ser um processo longo e complicado. Os médicos geralmente combinam uma análise detalhada dos sintomas do paciente com exames de sangue para detectar certos anticorpos associados à doença, como o anticorpo antinuclear (ANA) e o anticorpo anti-DNA nativo. Além disso, a biópsia de pele ou órgãos afetados pode ser necessária para confirmar o diagnóstico.
Gerenciamento e tratamento
O tratamento da doença visa controlar os sintomas e minimizar danos aos órgãos. Isso geralmente envolve uma combinação de medicamentos, incluindo anti-inflamatórios não esteroides, corticosteroides, imunossupressores e medicamentos antimaláricos. Além disso, os pacientes são incentivados a adotar um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada, exercícios regulares e proteção solar adequada.
Enfrentando desafios
Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, os desafios são diários. A fadiga e a dor crônica podem afetar a capacidade de trabalho e a qualidade de vida, enquanto a incerteza sobre o curso da doença pode causar estresse emocional e ansiedade. O apoio emocional e educacional é essencial para ajudar os pacientes a enfrentar esses desafios e a viver uma vida plena, apesar da doença.
Fonte: Dr. Lincoln Fabrício, dermatologista e coordenador da unidade de Dermatologia e Cosmiatria do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM).