Pesquisa e Inovação

Membranas filtrantes são construídas em pesquisa do Mackenzie

Nanomaterial pode ser usado para despoluição de água 

23.02.202312h14 Comunicação - Marketing Mackenzie

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A preocupação com a preservação e conservação da água do planeta é um dos temas mais essenciais na atualidade. De acordo com dados da ONU, 3 a cada 10 pessoas ao redor do globo não possuem acesso à água potável e as fontes para esse bem são escassas: apenas 2,5% são de água doce, sendo a maior parte em locais de difícil acesso, como geleiras e em aquíferos subterrâneos. Diante deste cenário, o cuidado com a água é uma necessidade cada vez mais urgente, já que os altos índices de consumo e de poluição tornam o problema ainda mais preocupante.  

Como forma de recuperar parte da água que foi perdida para a poluição, pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) criaram a membrana filtrante que utiliza nanomateriais, o que aumenta a retenção de partículas prejudiciais para consumo, facilitando assim a obtenção de água potável. O Na Lupa! conversou com o professor Thiago Canevari, responsável pela criação das nanomembranas.   

“O tratamento de água e efluentes faz parte da agenda 2030, a qual contém os objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Desta forma o desenvolvimento de nanomembranas filtrantes aborda diversos destes objetivos, como por exemplo, a erradicação da pobreza, a garantia de água potável, saneamento para todos e a preservação da vida aquática”, aponta o pesquisador, sobre a importância que as membranas podem ter na atualidade.    

As membranas filtrantes são porosas e contém as nanoestruturas híbridas à base de nanomateriais de carbono (ponto quântico de carbono), óxido de zircônio e sílica dispersas na superfície, nos quais os efluentes e águas contaminadas passam e interagem com as nanoestruturas. Nelas, as substâncias nocivas ficam aprisionadas. Atualmente, a pesquisa está na fase de criação do protótipo dos nanofiltros, que usam as membranas como parte principal.    

De acordo com Canevari, as nanomembranas são ainda mais eficazes do que a maioria dos filtros criados, pois elas permitiriam a retirada de substâncias mais nocivas presentes na água, que existem à molecular.    

“As estações de tratamento de efluentes e água não possuem a capacidade de reterem interferentes endócrinos (hormônios), pesticidas, entre outras substâncias nocivas, devido ao pequeno tamanho destas moléculas que passam através do sistema de filtração convencionais existentes”, apontou.    

Além de despoluir locais de águas que são consideradas insalubres e garantir acesso à água potável, a utilização destas nanomembranas permitiria melhorar o acesso à saneamento básico, um problema que afeta diversas pessoas, que precisam conviver esgotos não tratados. O devido despejo de dejetos, somado ao acesso à água corretamente tratada, garante melhora nos níveis de saúde da população.    

A nanomembrana é um dos projetos disponíveis na Vitrine Tecnológica, plataforma que pretende dar visibilidade a projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas patentes realizados dentro da UPM. Os interessados em ampliar o desenvolvimento desta pesquisa podem entrar em contato com o Núcleo de Inovação Tecnológica (cit.nit@mackenzie.br) ou com a Coordenadoria de Inovação Tecnológica (cit@mackenzie.br).  

Na Lupa! 

Com o objetivo de lançar luz à pesquisa científica desenvolvida na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Na Lupa! é um novo quadro de divulgação científica mackenzista. Com tradição em inovar e empreender, a pesquisa é uma das preocupações da UPM, o que coloca a instituição como uma referência no fazer científico. Toda investigação, apuração e verificação desenvolvida na universidade ganha agora um espaço para divulgação.


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