14.11.2024 Parcerias
Em junho de 2024, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) organizou um workshop internacional na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a pós-graduação em Arqueologia. A iniciativa, que fomenta pesquisa e colaboração internacional, foi liderada pelo professor Carlos Andrés Hernández Arriagada, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e focou na formação de arquitetos em territórios arqueológicos e zonas urbanas degradadas.
O workshop teve como tema central a formação de arquitetos a partir do conhecimento em territórios arqueológicos, utilizando como estudo de caso a Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. A comunidade pesqueira Z-10, próxima ao sítio arqueológico de “Chiquinha Gonzaga”, junto às instalações de telecomunicações militares do Brasil, foi o foco das atividades.
“O objetivo foi integrar o conhecimento arqueológico com a revitalização urbana, promovendo soluções sustentáveis para áreas degradadas,” explica Arriagada.
Participação internacional
O evento contou com a participação de diversas universidades da América Latina, incluindo instituições, Universidad San Carlos de Guatemala com o apoio do Diretor de pesquisa, o professor Mario Raúl Ramírez de Leon (in memoriam) e o pesquisador Alexander Sagastume, a Universidad Católica de Honduras, através do professor Javier Maradiaga e da Universidad Autônoma do Yucatán, do México através do professor Luis Llovera e do curso de pós-graduação em Arqueologia através do professor Marcos A. Torres de Souza, todos acompanhados com seus alunos. “A participação das universidades internacionais permitiu ampliar a rede de intercâmbio de conhecimentos, aprimorar os convênios institucionais e estabelecer uma rede de colaboração ampliada junto à nossa instituição,” destaca Arriagada.
Os resultados do workshop, disponíveis com fotografias no site do projeto, incluem soluções inovadoras para a melhoria social da zona pesqueira da Ilha do Governador. “O trabalho em conjunto com as universidades parceiras foi fundamental para o desenvolvimento de cenários futuros que visam a melhoria social da região,” afirma Arriagada. Além disso, o evento gerou novas parcerias e propostas de pesquisa colaborativa para a UPM.
Impacto na UPM
Esses projetos não apenas promovem a colaboração internacional, mas também enriquecem a formação dos alunos da UPM, proporcionando uma visão interdisciplinar e global. “Compreender outros territórios e participar de eventos internacionais é crucial para o crescimento acadêmico e profissional dos nossos estudantes,” afirma Arriagada.
Sobre o Labstrategy
O Laboratório de Estratégias (Labstrategy) da Universidade Presbiteriana Mackenzie promove o desenvolvimento de conhecimento através da interpretação das infraestruturas locais de cidades e zonas portuárias. Seu objetivo é requalificar espaços degradados, diagnosticando e projetando novas experiências urbanas a partir de cenários estimulados por redes ou sistemas estratégicos. O laboratório busca criar uma relação entre as cidades, seus centros, portos e balneários, utilizando infraestruturas que estruturam o espaço urbano e reinventam territórios complexos.
Ele desenvolve métodos e ensaios que promovem estratégias projetuais aplicáveis a territórios urbanos e orlas portuárias degradadas, estabelecendo equilíbrio entre a cidade, o porto e a balneabilidade através de processos de urbanificação. O objetivo é promover a conexão entre a cidade, a hinterlândia (retroterra), setores portuários e as águas.
Utilizando mapeamentos, estratégias, diagramas e elementos projetuais, o Labstrategy caracteriza a urbanidade nos territórios investigados. A metodologia foi desenvolvida pelo professor Arriagada.
Entre as questões norteadoras do Labstrategy estão: como reconfigurar territórios urbanos ou portuários para gerar maior urbanidade; quais estratégias de projeto urbano são adequadas para territórios portuários complexos e dinâmicos; como infraestruturas urbanas complexas podem determinar um desenho urbano adequado às necessidades dos usuários; e como transformar territórios urbanos ou áreas portuárias em setores urbanos aprazíveis, além de meras infraestruturas funcionais.