17.10.2023 Saúde e Bem-Estar
O mês de outubro é marcado pela campanha de conscientização e prevenção do câncer de mama. Conhecida como Outubro Rosa, a ação celebrada em diversas partes do mundo foi criada no início da década de 1990, quando uma fundação americana prestou homenagem a Susan G. Komen, que faleceu em decorrência das complicações da doença. Em 1991, a entidade adotou uma fita rosa como símbolo da causa, e distribuiu a cada participante da Corrida pela Cura, que ocorreu em Nova York (EUA).
Também conhecido como neoplasia, o câncer na região das mamas afeta a vida de diversas mulheres no Brasil e no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018, globalmente, foram 2,1 milhões de novos casos – cerca de 11,6% de todos os cânceres estimados. Já no Brasil, entre os anos de 2020 e 2022, foram diagnosticados em média 66.280 novos casos anualmente.
Autocuidado
“O autoexame pode ser feito no banho, deitada, ou em frente ao espelho”, destaca a oncologista do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Fernanda Ronchi. De acordo com a médica, deve-se observar se há alguma assimetria, retração de pele ou mamilo, inflamações ou nódulos.
Espessamento de pele, ou aparência de "casca de laranja" podem ser alguns dos sinais iniciais de uma neoplasia. “A avaliação é realizada com os braços elevados, abaixados e com a mão na cintura. Já a palpação procura nódulos ou secreção mamilar, com a ponta dos dedos”, explica a médica.
Além de cuidados relacionados ao autoexame, com o objetivo de prevenir o câncer de mama, é importante ter hábitos saudáveis. Atividades físicas, alimentação saudável e evitar o tabagismo, bem como o consumo de álcool são algumas práticas preventivas com eficácia comprovada.
Cuidados médicos
“Para mulheres com mais de 40 anos, o check-up deve ser realizado anualmente já que dentre cinco casos registrados, quatro são de pacientes acima dos 50 anos”, afirma a oncologista.
A realização do diagnóstico precoce, com exames como mamografia e ultrassonografia das mamas em mulheres acima dos 40 anos, e para pessoas com menos idade, com histórico familiar ou alterações palpáveis é imprescindível, uma vez que o acompanhamento reduz a mortalidade pela enfermidade.
Caso a paciente seja diagnosticada com a doença, o acompanhamento médico completo é essencial. “Idealmente, o paciente deve receber apoio de uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, assistente social, psicóloga e fisioterapeuta, além de oncologista, mastologista, radioterapeuta e outros profissionais”, ressalta Ronchi. Em casos específicos, caso a paciente tenha histórico familiar, é fundamental que a pessoa passe por avaliações com um oncogeneticista.
Criar uma rede de apoio emocional também se faz importante. “Com a ajuda de familiares e pessoas próximas, o carinho tende a ajudar durante um período tão difícil”, destaca a médica.
HUEM
Localizado em Curitiba, no Paraná, o HUEM é um hospital filantrópico, referência em oncologia e no atendimento à mulher. Além de atuar no segmento oncológico, também conta com profissionais multidisciplinares que atendem diversas áreas da saúde. O local é referência no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital paranaense, especialmente em casos de urgência e emergência, queimaduras, gestação de alto risco e oncologia.
A instituição hospitalar zela pela qualidade nos serviços de saúde possuindo a mais avançada tecnologia em hemodinâmica e radiologia intervencionista do Estado, além de transplantes e outras cirurgias de alta complexidade. Além disso, dispõe de estrutura moderna para exames e diagnóstico por imagem, como ressonância magnética, tomografia, hemodinâmica, entre outros. O hospital tem como objetivo de prover a melhora na qualidade de vida das pessoas, em harmonia com os princípios cristãos.