Curso de Farmácia promove debate sobre uso terapêutico dos canabinóides

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O evento focou na parte clínica e no biodireito

27.11.2017

Comunicação - Marketing Mackenzie


Na última sexta-feira, 24 de novembro, o Mackenzie abriu as portas para o primeiro fórum sobre o uso terapêutico dos canabinóides. O encontro foi organizado pelo Conselho Federal de Farmácia e pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por intermédio do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e da Faculdade de Direito (FDir), com o apoio da empresa Greenfields Health Care.

Em 2015, a Anvisa liberou o uso terapêutico dos canabinóides. No ano seguinte, disponibilizou a importação de produtos à base de Canabidiol. A substância serve de uso terapêutico para diversos tipos de doenças, entre elas, câncer, doenças degenerativas, como a Esclerose Lateral Amiotrófica, e doenças neurológicas e psiquiátricas.

A palestra de abertura do evento, ministrada pelo professor Daniel Moreno Garcia, abordou o tema “Da planta ao medicamento”. Segundo o professor, o uso medicinal dessa substância é utilizado milenarmente pelo homem. “O ser humano sempre buscou dentro da biodiversidade algo para seu benefício. Seja ele para manutenção do metabolismo ou de sua existência. Ele busca tratamento e longevidade”, explica.

Eder de Carvalho Pincinato, coordenador do Curso da Farmácia, também presente na mesa do evento, falou sobre o histórico da UPM no pioneirismo e inovação. Por seguir essa tendência, o CCBS trouxe o tema para a universidade: “O objetivo do evento é aprofundar as discussões em relação ao uso terapêutico dos canabinóides”.

Margarete Akemi Kishi, professora do curso de farmácia e palestrante do evento, agradeceu a universidade por receber de forma tão aberta o tema proposto e explicou a função do curso no debate. “Nós estamos aqui para discutir de forma legal e técnica, com foco especial no paciente que faz o uso terapêutico dos canabinóides. O usuário precisa de muito mais informação e apoio do que podemos imaginar”, explica.

As palestras abordaram temas clínicos, como o sistema dos canabinóides, o mecanismo fisiológico, aplicação clínica e os aspectos biológicos da planta, com foco na sua extração e o uso para o paciente. Na área do biodireito, duas mesas redondas foram realizadas, com a presença de nomes reconhecidos.

Segundo Marcos Machado, presidente do Conselho Federal de Farmácia, a confusão e não diferenciação entre o uso terapêutico e o uso recreativo dos canabinóides prejudica o debate. “Esse talvez seja o nosso maior impasse, por isso é importante que saibamos a diferença, afinal vários pacientes esperam de entidades e comunidades científicas uma resposta em relação ao uso terapêutico da planta”, conclui Marcos.