05.07.2023 - EM Saúde e Bem-Estar
O termo neurodiversidade foi cunhado pela socióloga Judy Singer em 1998. Ele se refere às variações naturais no cérebro humano que afetam questões como atenção, humor, socialização e aprendizado. Pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), por exemplo, são consideradas neurodivergentes. No Brasil, de acordo com números do Ministério da Saúde, estima-se que existam 2 milhões de pessoas neurodivergentes.
Por conta das dificuldades e desafios enfrentados por pessoas neurodivergentes, estima-se que apenas 20% dos 2 milhões estão ativos na força de trabalho. Neste artigo, reunimos algumas dicas de convivência para te auxiliar a criar um espaço seguro e acolhedor aos trabalhadores neurodivergentes à sua volta.
1 - Evite estereótipos
Estereótipos, sobre qualquer grupo de pessoas, são perigosos. Generalizações e estereótipos podem propagar estigmas e levar a suposições que não são verdadeiras. Pessoas neurodivergentes, mesmo as que compartilham os mesmos transtornos, são diferentes umas das outras e possuem comportamentos únicos. Procure sempre estar ciente das condições do próximo para poder colaborar e se adequar, caso necessário.
2 - Seja empático
A experiência de um colaborador neurodivergente é diferente dos outros ao seu redor. É importante nunca minimizar as experiências de uma pessoa neurodiversa. O que pode parecer preguiça ou timidez para pessoas neurotípicas (que não possuem transtornos) geralmente é um grande obstáculo para neurodivergentes.
Não julgue e seja gentil. Compreender e respeitar as dificuldades do próximo é um valor de tremenda importância.
3 - Não force interações sociais
Algumas pessoas neurodivergentes, como colaboradores com transtorno do espectro autista (TEA), por exemplo, podem sentir grande desconforto com interações sociais longas e contínuas. Procure entender os limites e respeitar o espaço de cada um.
4 - Procure entender melhor
Esteja disposto a ouvir. A melhor dica para a convivência, não apenas com pessoas neurodivergentes, é sempre procurar entender o próximo e respeitar seu jeito de ser. Se tiver dúvidas sobre um transtorno específico, pesquise sobre e fale com alguém que entenda a respeito do assunto.