10.12.2019 - EM Economia
Na tarde do dia 9 de novembro, aconteceu o evento de inauguração da Obra de Geração Distribuída do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) no campus de Alphaville, realizada em parceria com a Enel Distribuição São Paulo.
O lançamento da planta faz parte do projeto Enel Compartilha Eficiência, que tem como intuito promover a eficiência energética, democratizar o acesso a fontes renováveis de energia e contribuir diretamente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 da Agenda 2030 da Organizações das Nações Unidas (ONU), que visa oferecer energia limpa, acessível e de qualidade para todos.
No caso do Alphaville, foram instaladas 1.627 placas solares no estacionamento e 1.939 lâmpadas fluorescentes trocadas por modelos LED. Além disso, houve um complemento da ação em Higienópolis, no edifício Wilson de Souza Lopes, na Rua Piauí, 143. Juntas, as iniciativas somaram mais de 2.500 lâmpadas trocadas por modelos mais eficientes.
A inauguração
O momento devocional do dia ficou por conta do reverendo reverendo José Antônio de Góes Filho e a abertura foi feita pelo diretor de Desenvolvimento Humano e Infraestrutura do IPM, José Francisco Hintze Junior, que apresentou o IPM para os convidados. “A parceria com a Enel é muito importante, porque no Mackenzie já estamos trabalhando há algum tempo para melhoria e também para obtermos mais energia limpa e eficiência energética”, disse.
Além dele, estiveram presentes os diretores André Ricardo de Almeida Ribeiro, da Diretoria de Estratégia e Negócios do IPM, e Luiz Roberto Martins Rocha, da Diretoria de Saúde, também do Mackenzie.
O coordenador de projetos da Enel Distribuição São Paulo, Maurício Gusmão, apresentou os objetivos de desenvolvimento sustentável que nortearam o projeto.
“Foram mais de 2.500 lâmpadas substituídas por lâmpadas de led e 1.600 placas instaladas. E com os novos painéis fotovoltaicos, temos também a capacidade de gerar energia o suficiente para abastecer 416 residências”, disse o coordenador de projetos da Enel.
Além disso, agradeceu ao Mackenzie por ter acreditado no projeto apresentado na chamada pública. “Todos ganhamos nesse projeto de eficiência energética, principalmente a sociedade”, comemorou Gusmão.
Gerando energia
Como explica José Roberto Soares, consultor do Mackenzie Soluções e antigo professor da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), as placas instaladas são geradoras de energia, “como uma usina elétrica, mas de tamanho reduzido. Elas geram energia e tudo que você está precisando para lâmpadas, tomadas e equipamentos. Se ela tem capacidade de suprir, você não precisa pegar energia da concessionária, ou seja, você economiza”, explicou.
O coordenador de obras e manutenção do Mackenzie, Ricardo Poli, complementou que a placa tem um processo químico-físico.
“Ela consegue transformar a radiação solar em corrente contínua, então é preciso ter um equipamento, que é um inversor, para jogar a energia para a rede. Trabalhamos no sistema on grid, ele só vai produzir energia se estiver conectado à rede”, explica Poli.
Ainda segundo Soares, se você gera mais do que consome, a energia que sobra vai direto para rede, nesse caso, a Enel, gerando créditos que podem ser utilizados para abater valores nas contas. O sistema também serve para residências e indústrias.
Ambiente Acadêmico
Gabriel Sena foi estagiário e hoje é técnico de manutenção no Mackenzie, além de cursar Engenharia Elétrica na UPM. “No geral, a parte de sistema fotovoltaico tem avançado muito em âmbito global, estamos incentivando placas com energia limpa, então trabalhamos constantemente com esse conceito de campus sustentável e é nessa visão que o Mackenzie atua”, pontua. Para ele, a obra realizada em Alphaville é um exemplo de como fazer parte desse processo.
Questionado de como foi ter a oportunidade de ver na prática, o que se aprende em sala de aula, ele disse que, foi fantástico. “Todo aluno de Engenharia deveria ter esse tipo de experiência, poder unir o teórico e prático”. Ele completa afirmando que seu setor aproxima muito o IPM e Universidade, utilizando os engenheiros estudantes como fonte de conhecimento e, em contrapartida, permitindo um campo de atuação prática a eles.
Para Odailton Arruda, responsável de projetos em sustentabilidade da Enel, é importante ter um projeto de energia eficiente em uma instituição de ensino, afinal, a presença de uma obra como a que foi feita em um ambiente acadêmico, “gera dúvidas produtivas e perguntas, uma curiosidade que faz com que os alunos aprendam mais sobre o tema”, comenta.
Como surgiu o projeto
Em 2015, a Cúpula das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, estabeleceu 17 objetivos e 169 metas a serem cumpridas até 2030; um dos objetivos é a “Energia Acessível e Limpa”. Mostrando o seu comprometimento, o IPM decidiu, no mesmo ano, participar de chamada pública da AES Eletropaulo, hoje Enel, buscando parceiros para obter melhor eficiência energética em seus campi, utilizando energia limpa e sustentável.
O fruto dessa parceria concretizou-se em 2017, com início das obras da Usina Fotovoltaica no campus Alphaville. O projeto em execução atende toda a legislação ambiental, produzindo energia limpa e sustentável.
Vendo a possibilidade de ampliar ainda mais esse projeto e beneficiar muito mais usuários o IPM, decidiu substituir as lâmpadas de seu maior campus, Higienópolis, onde circulam diariamente cerca de 40.000 pessoas, entre alunos e colaboradores. Em 2018, foram substituídas mais de 25 mil lâmpadas, cuja eficiência gerada é suficiente para atender cerca de 430 residências. Somente nesse projeto, o IPM investiu aproximadamente R$ 700 mil.
Essa busca do IPM pela Eficiência Energética, utilizando fontes de energia limpas e renováveis, teve como marco em 2019 a conclusão da implantação da Usina Fotovoltaica e substituição das lâmpadas, totalizando um investimento em ambos os campi de aproximadamente R$ 3 milhões, gerando economia de energia capaz de abastecer quase 1.000 residências/mês.
*Foto capa: André Ricardo de Almeida Ribeiro; Maurício Gusmão; Danilo Sene da ENEL; Vera Maria Alves Mendes, professora do Mackenzie; Solange Mello da ENEL; Odailton Arruda e Luis Roberto Martins Rocha.