23.10.2020 - EM Cultura
Passado e futuro são dois conceitos que caminham juntos, afinal, aquilo que aconteceu pode servir como base e exemplo para situações que ainda ocorrerão. Já o presente é o momento em que é possível olhar para trás e avaliar o que pode ser aprendido, repetido e o que deve ser modificado para o futuro. O aniversário de 150 anos do Mackenzie, celebrado em 18 de outubro e comemorado em evento nesta quinta-feira, dia 22 de outubro, foi um desses momentos em que passado, presente e futuro se encontram para nos dar uma perspectiva histórica, saudosa e também esperançosa.
Organizada pela Chancelaria, por meio do Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), foi realizada uma Live no histórico ginásio do prédio 18 no campus Higienópolis, como forma de celebrar o sesquicentenário da Instituição. Memória, tradição e inovação sempre estiveram presentes no DNA do Mackenzie e, nesse aniversário especial, seria impossível deixar a data passar em branco, mesmo que a situação atual, com a pandemia de covid-19, que nos levou ao distanciamento, impeça a realização de grandes eventos.
Para o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro, mesmo neste momento de distanciamento, é importante celebrar a data, pois é uma forma de demonstrar gratidão por tudo aquilo que foi vivido desde a fundação.
“Quando temos memória, temos gratidão. A gratidão é alimentada pela memória. Mesmo em ano de pandemia, mesmo que seja com singeleza e modéstia, não podemos deixar de celebrar”, afirmou ele.
Durante a Live, foram realizadas apresentações musicais com a banda a Blue Slab, formada por professores mackenzistas, e com a participação do cantor Marcellus Meirelles. Personalidades que fizeram e fazem parte da história do Mackenzie, como antigos alunos, capelães, autoridades e funcionários, foram entrevistadas, relembraram momentos, comentaram situações e aprendizados e bateram um papo leve e descontraído com o chanceler, que foi o apresentador de todo o evento.
Exposições históricas e artísticas também foram atrações durante a Live. No Ginásio, foram formadas pequenas estações, que contavam com tais elementos, como livros, mesas e armários de época, pelos quais o apresentador circulava, contando um pouco da trajetória mackenzista por meio desses objetos. “Tradição e inovação fazem parte da nossa história. Numa época em que o mundo todo partiu para uma virtualização muito grande, pelo momento em que vivemos, o Mackenzie também entrou para essa onda de lives para se manter próximo de toda a sua comunidade”, declarou o chanceler.
Realizar uma Live nesta data tão histórica conecta passado e futuro, reforçando a tradição e inovação ao se optar pelo uso de novas tecnologias, tão presentes no meio mackenzista, para contar nossa trajetória.
“Esta é mais uma forma de dizer para a comunidade que o Mackenzie tem se reinventado ao longo do tempo. São poucas instituições que conseguem completar 150 anos. É uma alegria participar desse momento, trabalhando para que nossas mantidas tenham sempre as melhores condições de cumprir sua missão de educar e cuidar do ser humano de forma completa, por meio de nossos Colégios, Faculdades, Escola Técnica, Universidade e também Hospitais”, disse o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), José Inácio Ramos, que foi um dos entrevistados do evento.
Entre os diversos momentos e homenagens da Live, um em especial relembrou a fundação do Mackenzie pelo casal Chamberlain, em 1870, quando foi formada a pequena sala de aula na casa dos missionários. Para celebrar, o CHCM presenteou a Instituição com uma peça única de artesanato que consiste no busto de Mary Ann Annesley Chamberlain, a primeira professora mackenzista, esculpido pela designer mackenzista Jane Raquel Martins Meyer. A peça foi entregue ao diretor de Educação do IPM, Ciro Aimbiré de Moraes Santos, e à superintendente de Educação Técnica e Básica do IPM, professora Márcia Braz.
Memória e presente
O evento foi uma oportunidade para trazer à memória fatos e recordações que imprimiram na Instituição as mais fortes e melhores características de seu DNA. Inovação, espírito de equipe, esporte, empreendedorismo, partilha e a tradição. Qualidades que só se conquistam diante de um olhar cuidadoso e crítico do passado, trazendo à memória as lições mais importantes de vivências anteriores.
“Um povo que não é capaz de rememorar a própria história, não é capaz de vivenciar seu presente. Não preservamos a memória para cultuar o passado, mas para aprendermos com ele, com os acertos e equívocos para que, no presente, refletindo sobre esses eventos, possamos traçar novos rumos para o futuro”, afirmou o coordenador do Centro Histórico e Cultural Mackenzie, Eduardo Abrunhosa.
Além da Live desta quinta-feira, foi realizado, no último domingo, 18 de outubro, Dia do Mackenzista, um culto de louvor e agradecimento pelos 150 anos do Mackenzie, momento no qual foi trazido à memória a semente de toda essa história de esperança e atuação do Mackenzie: sua missão baseada e sustentada na fé cristã reformada, guiada por Deus.