Projeto de extensão na Ilha de San Andrés promove inovação e colaboração internacional

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Iniciativa da Universidade Presbiteriana Mackenzie destaca a importância da pesquisa e do desenvolvimento sustentável

12.11.2024 - EM Mundo

Comunicação - Marketing Mackenzie


A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) tem se destacado por suas iniciativas de pesquisa que promovem a inovação e o impacto social. Um desses exemplos é o projeto de extensão realizado na Ilha de San Andrés (Colômbia), dentro do escopo do Labstrategy e liderado pelo professor Carlos Andrés Hernández Arriagada, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU).

“O projeto visa conhecer as dinâmicas do território, entendendo-o como um todo que envolve uma série de variáveis. A visita à Ilha de San Andrés permitiu a realização de um workshop com a sociedade civil e entidades governamentais, proporcionando diagnósticos e conclusões baseadas na compreensão dessas variáveis,” explica o professor Arriagada.

O projeto Estratégias de desenvolvimento de cidades costeiras frente às mudanças climáticas: o caso da Ilha de San Andrés, Colômbia é uma iniciativa multidisciplinar que visa abordar a fragilidade e os impactos climáticos na ilha. Utilizando infraestruturas como impulsionadoras de recuperação, o projeto busca aglutinar pesquisadores de universidades parceiras para desenvolver planos estratégicos que melhorem a gestão pública, a ocupação urbana e as relações cidade-porto.

A parceria com a Prefeitura de San Andrés e agentes locais é fundamental para discutir e implementar soluções que melhorem a qualidade de vida da população local, utilizando recursos renováveis e práticas sustentáveis.

De acordo com Arriagada, entre as contribuições iniciais do projeto estão a ampliação dos modelos de análise territorial com o Método em Estratégias Projetuais (MEP), a identificação de processos de transformação nas zonas portuárias e o intercâmbio multidisciplinar para debater a aplicabilidade de estratégias que promovam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Os impactos sociais esperados incluem novos mecanismos de produção econômica, reestruturação de planos de recuperação para zonas degradadas, formulação de cenários de desenvolvimento urbano e fortalecimento de setores socioeconômicos, criando uma ocupação adequada entre as zonas urbanas e o mar”, destaca o docente mackenzista.

O projeto é desenvolvido desde 2013 e, através do MEP, caracterizou a ilha a partir de sua morfologia e componentes socioculturais. A ação envolveu a comunidade local e resultou em apresentações em conferências internacionais e na geração de artigos científicos.

Atuação no longo prazo

A atividade de extensão teve uma duração de oito meses em 2023 e seis meses em 2024, com eventos de apoio, fichas técnicas cartográficas, trabalhos de iniciação científica e trabalhos finais de graduação. Todos os registros do projeto podem ser vistos no site do Labstrategy, clique aqui.

Entre as realizações de destaque estão a apresentação de quatro trabalhos em conferências internacionais, incluindo a Conferência Internacional Espaço Público-Mudanças Climáticas e o CLEFA 2023, em Bogotá, capital da Colômbia. Essas apresentações proporcionaram uma nova perspectiva sobre os temas discutidos e geraram três artigos científicos.

Parcerias

O projeto contou com a parceria da Universidad La Gran Colombia, através do professor Edgard Roa, e com o apoio institucional de diversas entidades parceiras.“A colaboração com a Universidad La Gran Colombia foi fundamental para o desenvolvimento das atividades e para a realização de análises das dinâmicas do território,” afirma Arriagada.

Esse projeto não apenas promove a colaboração internacional, mas também enriquece a formação dos alunos da UPM, proporcionando uma visão interdisciplinar e global. “Compreender outros territórios e participar de eventos internacionais é crucial para o crescimento acadêmico e profissional dos nossos estudantes,” afirma Arriagada.

Além do professor citado, a equipe do projeto é composta pelos professores: Paulo Roberto Corrêa (FAU Mackenzie), Giovana Leticia Hernández Arriagada (Universidade de Guarulhos), Carlos Fernandes Murdoch (UVA RJ), Edgar Eduardo Roa Castillo (UGC Colômbia), Carolina Toro Salas (Pontifícia Uni. Javeriana), Marcella del Signore (NYTech EUA) e Everton Banorino, (Red River College Canadá).

Estudantes da graduação também participaram: Lucas Ander Pimentel Santos (FAU Mackenzie), Laura Zonato Eder (Direito Mackenzie), Mariana Azevedo Félix Schwartz (UVA RJ), e Ana Carolina Su Turhan (FAU Mackenzie). Além da pós-graduação, como Glaucia Garcia (doutoranda da FAUUSP). Bem como os arquitetos: Guilherme da Rocha Haber Gomes, Mariana Lury Toma, e Gabriela de Simone Lucatto Antonini.

Sobre o Labstrategy

O Laboratório de Estratégias (Labstrategy) da Universidade Presbiteriana Mackenzie promove o desenvolvimento de conhecimento através da interpretação das infraestruturas locais de cidades e zonas portuárias. Seu objetivo é requalificar espaços degradados, diagnosticando e projetando novas experiências urbanas a partir de cenários estimulados por redes ou sistemas estratégicos. O laboratório busca criar uma relação entre as cidades, seus centros, portos e balneários, utilizando infraestruturas que estruturam o espaço urbano e reinventam territórios complexos.

Ele desenvolve métodos e ensaios que promovem estratégias projetuais aplicáveis a territórios urbanos e orlas portuárias degradadas, estabelecendo equilíbrio entre a cidade, o porto e a balneabilidade através de processos de urbanificação. O objetivo é promover a conexão entre a cidade, a hinterlândia (retroterra), setores portuários e as águas.

Utilizando mapeamentos, estratégias, diagramas e elementos projetuais, o Labstrategy caracteriza a urbanidade nos territórios investigados. A metodologia foi desenvolvida pelo professor Arriagada.

Entre as questões norteadoras do Labstrategy estão: como reconfigurar territórios urbanos ou portuários para gerar maior urbanidade; quais estratégias de projeto urbano são adequadas para territórios portuários complexos e dinâmicos; como infraestruturas urbanas complexas podem determinar um desenho urbano adequado às necessidades dos usuários; e como transformar territórios urbanos ou áreas portuárias em setores urbanos aprazíveis, além de meras infraestruturas funcionais.