17.01.2024 - EM
Em meio à grandiosidade e imprevisibilidade das tempestades, raios, relâmpagos e trovões são fenômenos naturais que oferecem riscos consideráveis. As explicações de especialistas, do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) e Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), lançam luz sobre medidas práticas e tecnologias que podem ser adotadas para proteger casas e edifícios contra esses eventos atmosféricos.
O especialista em Física do CPM, professor Natannael Almeida, explica que os raios são descargas elétricas que ocorrem entre o solo e as nuvens, devido a uma diferença de potencial existente entre uma nuvem e um local no solo. Já a luz, emitida na passagem das descargas elétricas (raios), é denominada relâmpago. Ela pode ocorrer entre nuvens, entre nuvem-solo ou dentro de uma única nuvem. Para coroar a grandiosidade da natureza, o som emitido pela expansão do ar é chamado de trovão.
Almeida destaca as condições ideais para a formação desses fenômenos atmosféricos. "Nas nuvens que precedem tempestades, minúsculos cristais de gelo e gotículas de água ficam em constante movimento devido a correntes de ar ascendentes e descendentes. Com esse movimento constante ocorre um processo de eletrização", explica.
De acordo com ele, existem localidades com maior propensão a esses fenômenos: regiões montanhosas, devido à elevação do terreno; regiões tropicais, com altas temperaturas e umidade do ar, favorecem a formação de nuvens de tempestade; e regiões de grande variação térmica entre o dia e a noite, são algumas delas.
O especialista em Engenharia Elétrica da UPM, professor Marcos Amaral, explica que esses fenômenos naturais demonstram uma capacidade destrutiva grande e uma parcela de imprevisibilidade. Esses fatores fazem com que seja impossível eliminar completamente o risco.
Pensando nisso, os professores Natannael Almeida e Marcos Amaral, orientam algumas dicas de segurança para tempestades:
- Se possível, abrigue-se dentro do carro;
- Evite ser o ponto mais alto em áreas abertas, por isso não fique na areia da praia ou no mar;
- Não se aproxime de regiões mais elevadas;
- Afaste-se de bons condutores de eletricidade como canos de água, postes, antenas, etc.
Além dessas instruções, é preciso lembrar a respeito das duas principais medidas: o Para Raios e o Aterramento. Entretanto, antes de implementá-los, eles devem ser analisados, e sua instalação deve ser feita por um profissional.
“Quando o raio cai na rede elétrica, ele se divide pelas casas, levando à queima de produtos eletrônicos. Existem alguns equipamentos que podem ser adquiridos para que, quando exista uma descarga na rede elétrica, o efeito disso não afete seus equipamentos: filtros de linha e estabilizadores de linha, que eram utilizados antigamente nos computadores de casa”, esclarece Amaral.
De acordo com ele, estes equipamentos ajudam a diminuir os impactos dos raios na rede elétrica que podem refletir nas casas. Como hoje em dia as fontes ficaram mais modernas, e os computadores estão cada vez mais no formato de notebook, eles caíram em desuso, porém, são grandes aliados.
Amaral adverte: o ato heróico não vem das famosas réguas de energia. “São equipamentos que tem algum tipo de proteção como fusíveis, pois eles diminuem o risco de queima dos eletrônicos”, conclui.