“O Mackenzie tem 150 anos e não cuidamos apenas dessa história, mas também da infraestrutura. Esse é o legado que queremos deixar, e que recebemos daqueles que nos entregaram tudo que temos hoje. Nós continuamos a passar isso à frente com o melhor cuidado, lembrando que, na verdade, tudo que fazemos é para glória de Deus! Estamos olhando o futuro e relembrando o passado, que é a nossa base”, Milton Flávio Moura, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).
A fala do presidente resume a visita da diretoria executiva (DIREX) do IPM, ocorrida nesta terça-feira, 17 de agosto, às novas instalações da Chancelaria Mackenzie e do acervo do Centro Histórico e Cultural Mackenzie (CHCM), agora localizados no prédio 50 do campus Higienópolis da instituição. A mudança do acervo, antes localizado no Ed. Mackenzie (prédio 01), se deu por dois grandes motivos, como informa o coordenador do CHCM, professor Eduardo Abrunhosa.
“Nossa intenção é fazer com que esse edifício (prédio 01) fique cada vez mais voltado às ações de caráter cultural, como exposições, simpósios, atividades musicais etc. Que a partir daqui isso se irradie pelo campus, ocupando outras áreas também. O acervo institucional que ficava aqui foi retirado também por uma questão técnica de infraestrutura”, diz Abrunhosa.
O coordenador conta que o edifício, que é do final do século 19, sofreu uma leve inclinação por conta de uma obra de infraestrutura urbana que aconteceu no entroncamento da rua Veridiana com a rua Maria Antônia. “Nós tivemos um rebaixamento do lençol freático e isso provocou um recalque de solo, que provocou a inclinação. A carga do acervo criava uma tensão ainda maior sobre essa estrutura”, aponta ele.
Toda a parte técnica laboratorial e reserva técnica foi levada, assim, para o prédio 50, onde foi possível ampliar e melhorar as condições para o trabalho de preservação, conservação, trato e manejo do acervo.
Missão e preservação
O reverendo Robinson Grangeiro Monteiro, chanceler do Mackenzie, explica a importância do trabalho realizado pelo CHCM, que está sob o guarda-chuva da Chancelaria. “O Centro Histórico e Cultural é o coração da identidade do Mackenzie. Aqui temos a história, tradição, a memória. A cultura mackenzista foi aumentada a partir do edifício Mackenzie, que hoje é o mais antigo do campus, e que tem uma história muito rica”, diz o chanceler.
O reverendo Robinson conta que a necessidade de um novo espaço para o acervo surgiu quando perceberam que o edifício precisava de uma intervenção para preservá-lo. “A DIREX providenciou esse espaço no edifício 50 para que todo acervo fosse para lá, a carga sobre o edifício 01 fosse diminuída e para que as intervenções sejam feitas”, comemora ele.
O chanceler explica que esse trabalho árduo realizado pela Chancelaria e pelo CHCM preserva a memória e ajuda a veicular a identidade institucional, especialmente junto às crianças, que fazem passeios pelo prédio 01 e outros espaços do campus. “Quando eles vêm e escutam nossa história, têm contato também com a trajetória missionária de nossa fundação. A capela é o fundamento dessa instituição e o CHCM é o coração da identidade”, ressalta.
Ele aponta que o Mackenzie surge a partir de uma missão, para que o nome de Jesus seja glorificado.
“Essa missão tem uma história, do desprendimento de homens e mulheres que fizeram o Mackenzie até agora. Essa história precisa ser recontada várias vezes para que ela nunca seja esquecida e inspire as próximas gerações”, adiciona o chanceler.
Pesquisa e expansão
Conforme pontua o reverendo, a ideia é que o trabalho realizado pelo CHCM se expanda ainda mais e ganhe outro patamar de relevância. “Queremos que o CHCM se torne um centro cultural para a cidade de São Paulo. E, consequentemente, que o Mackenzie possa servir ainda mais a comunidade. Por meio de eventos culturais no prédio 01 e com disponibilização do acervo no prédio 50, que continuará acessível a todos os pesquisadores”, assinala.
O professor Abrunhosa lembra que já estão em processo as solicitações e autorizações, junto aos órgãos de patrimônio, para se realizar a intervenção do novo restauro do prédio 01, e que isso não prejudica o trabalho realizado, pelo contrário, auxilia sua expansão.
“Com a mudança, conseguimos, nos próximos anos, melhorar e qualificar ainda mais tanto a nossa ação como um espaço cultural quanto continuar sendo um centro de documentação, de memória, de referência. Não só de memória mackenzista, mas também do protestantismo brasileiro, da educação do Brasil, da cidade de São Paulo”, completa Abrunhosa.
“Quero dar os parabéns à toda equipe da Chancelaria e do Centro Histórico e Cultural Mackenzie, pelo envolvimento e atuação. Que Deus continue à nossa frente, seguimos trabalhando enquanto Ele nos permitir”, encerra o presidente do IPM.
Além das autoridades já citadas, participaram da visita: o diretor de Finanças (DIFIN), Denys Cornélio Rosa; o diretor de Ensino, Pesquisa e Inovação (DENPI), Carlos Cesar Bof Bufon; o diretor de Estratégia e Negócios (DIREN), André Ricardo de Almeida Ribeiro; o diretor de Saúde (DIRSA), Luiz Roberto Martins Rocha; e o reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Marco Tullio de Castro Vasconcelos.
Serviço
O Centro Histórico e Cultural Mackenzie permanece aberto – com entrada gratuita - com exposições culturais e pode ser visitado de segunda a sexta, das 10h às 18h, na Rua Itambé, 143 – Prédio 1 – Higienópolis.
Estamos seguindo os protocolos de saúde contra a covid-19. O uso de máscaras é obrigatório, inclusive para tirar fotos.
O prédio é acessível e possui com rampas de acesso e elevador.