A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está sendo representada por três alunos da Faculdade de Computação e Informática (FCI) na final brasileira da Maratona de Programação, promovida pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC). O cerne do evento envolve testar os conhecimentos e técnicas de programação dos times participantes.
A iniciativa tem como objetivo resolver corretamente a maior quantidade de problemas levando o menor tempo possível. De acordo com os professores da FCI Leandro Fernandes e Fábio Lubacheski, essa não é uma tarefa fácil, já que requer dos participantes engenhosidade, criatividade e conhecimento técnico apurado.
Para Fernandes, essa é uma forma de incentivar e permitir aos alunos a participação em eventos competitivos importantes, de projeção nacional e internacional. Além disso, mostra-se para a sociedade a qualidade de formação dos cursos de computação em relação as necessidades de mercado.
Na seletiva regional deste ano, realizada em 02 de setembro, o time intitulado #define TIME_FEMININO girl_power #include <Gustavo> foi a primeira equipe a submeter com sucesso a resolução de um problema na super sede de São Paulo da SBC.
A equipe conquistou uma ótima colocação no ranking final da etapa, se classificando para participar da final nacional que acontecerá entre os dias 19 e 21 de outubro, em Chapecó, Santa Catarina. O time finalista é composto por Erika Borges, Júlia Campolin e pelo aluno Gustavo Garabetti.
De acordo com a aluna Júlia Campolin, a maratona exige muito raciocínio lógico e conhecimento de algoritmos específicos. “Eu acho que isso me ajuda a resolver problemas na sala de aula e em projetos. Sem dúvidas, o principal desafio é conseguir pensar em soluções para os mais diversos problemas”, destaca Campolin.
Já o aluno Gustavo Garabetti compartilha que ir para uma final da maratona era um objetivo longínquo, no qual ele acreditava que iria demorar muito tempo pra conquistar. "Com alguns meses de estudo consegui evoluir muito na resolução de problemas algorítmicos. Isso trouxe muita facilidade com as matérias da graduação”, ressalta o mackenzista.
Gustavo ainda explica que por ter muitos patrocinadores, a Maratona é uma grande vitrine de novos talentos para o mercado de trabalho. Dessa forma, os melhores colocados são constantemente sondados por big techs, como Google, Meta, Amazon, Turing, IBM e etc. “Nesse ano, tivemos a feliz oportunidade de ir para a final nacional, sendo a melhor equipe da terceira universidade mais bem classificada da regional”, afirma Garabetti.
“A participação na maratona é uma oportunidade para o desenvolvimento pessoal e técnico, confronto e mensuração de seus conhecimentos. A inciativa exige que os alunos conciliem habilidades e conhecimentos de maneira eficaz e elaborada, além da ampliação de redes de relacionamento com outros competidores”, detalha Lubacheski.
Os docentes ainda explicam que, em termos profissionais, esta é uma oportunidade para os participantes demonstrarem ter conhecimentos técnicos sólidos, habilidades de trabalho em equipe e capacidades na resolução de problemas diversos.
“A FCI percebe de forma bastante positiva a participação e o engajamento dos alunos no projeto de treinamento e fica muito orgulhosa e satisfeita em vê-los representar a instituição nas competições, principalmente de forma tão aguerrida e perseverante”, destacam os docentes.
Confira a seguir os outros competidores que representaram o Mackenzie na etapa regional deste ano:
Time: Código Da Vinci
- Gustavo Nascimento Siqueira
- Matheus de Andrade Lourenço
- Murillo Cardoso Ferreira
Time: MGTB
- Gabriel Pereira Gomes
- Thiago Aguiar Vaccaro
- Matheus Gana
Time: ONE
- Bruno Castro Tomaz
- Gustavo Saad
- Tomás Fiorelli Barbosa
Time: Py Ta On
- Danilo Encinas Leite
- Tábata Platner do Amaral
- Marina Haru Marcoulakis
Time: Villa Imperial
- Alan Meniuk Gleizer
- Caio Vinicius Corsini Filho
- Tiago Teraoka e Sá
A Maratona SBC
Com quase três décadas de existência, o evento acontece anualmente e corresponde a parte da seletiva latino-americana classificatória para o campeonato mundial. A competição é dividida em três fases eliminatórias, realizada de forma simultânea em todo o país e na Argentina.
Cada etapa é mais desafiadora que a anterior e habilita os vencedores a participar da competição mundial promovida pelo International Collegiate Programming Contest (ICPC), sob a curadoria da Association for Computing Machinery (ACM).
O Mackenzie na Maratona
A história de participação do Mackenzie começou em 2007, com a FCI atuando como sede regional e inscrevendo seus primeiros times no evento. De 2008 a 2011 a UPM inscreveu ao menos dois times em cada edição, participando regularmente das seletivas regionais. Depois disto entra em um hiato de seis anos. Na edição de 2017, dentre os 11 times do Mackenzie participantes, a equipe feminina é classificada para a final nacional.
Em 2022, a iniciativa foi retomada, com a proposição de projeto complementar de treinamento que visava melhorar as capacidades de programação dos alunos e incentivar a formação de times para competições. Já neste ano, no segundo semestre de 2023, a participação de alunos do Mackenzie aumentou. Foram oito times participantes na etapa regional, sendo sete do campus Higienópolis e um time do campus de Alphaville.