A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) definiu uma nova estrutura do Ensino Médio, com uma organização curricular mais flexível e com diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes. Além da Formação Geral Básica com componentes já conhecidos como Língua Portuguesa, foram implementados os Itinerários Formativos – Projeto de Vida, Eletivas e Trilhas de Aprofundamento Acadêmico.
A partir de uma pesquisa feita com base nos interesses dos estudantes dos Colégios Presbiterianos Mackenzie (CPM), unidades Brasília, São Paulo, Tamboré, Palmas e Instituto Cristão de Castro, foram elaborados os Itinerários, que dão a oportunidade de desenvolver projetos acadêmicos nas seguintes áreas de Conhecimento: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. O Currículo do Instituto Cristão de Castro foi o único que trouxe para seus itinerários, uma Formação Técnica e Profissional (FTP).
Segundo a superintendente de Educação Básica do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Márcia Braz, o currículo do novo Ensino Médio ofertado pelos Colégios é a proposta de programa de formação escolar a ser desenvolvido pelos estudantes e professores do Mackenzie nessa etapa educacional.
O novo modelo curricular incentiva maior protagonismo estudantil, levando o aluno a empreender, investir em projetos pessoais e escolares de acordo com temas do seu interesse. “Isso é importante porque ao escolherem, os estudantes se engajam, produzem e participam ativamente de todo o processo com sentimento de realização e entusiasmo”, completa a superintendente. Entre algumas das iniciativas dos Colégios Mackenzie no itinerário das Eletivas estão a Produção Textual e programa MackEnem com o foco na preparação para os Vestibulares.
Enquanto o MackEnem foi criado por professores de todas as unidades com o intuito de elevar o desempenho dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), oferecendo simulados, aulas específicas, lives temáticas e mentoria para execução da prova, a Produção Textual é uma eletiva orientada, desenvolvida ao longo dos três anos do Ensino Médio. De acordo com o assessor pedagógico do CPM Brasília, Ênio Fontes, a Eletiva visa consolidar e aprofundar habilidades de produção textual, adquiridas no percurso do Ensino Fundamental, além da preparação do estudante para processos seletivos, em especial o Enem.
O processo de produção de texto é norteado pelo livro de redação do Sistema Mackenzie de Ensino (SME) e desenvolve autocrítica, maturidade e autonomia dos estudantes nos atos de comunicação, além de refletir sobre o poder e o impacto da palavra, como explica Fontes.
“Hoje, não basta propiciar treino de redação para ‘passar no vestibular’: é preciso, além de desenvolver a técnica para esse fim, promover troca de ideias, reflexões, desenvolvendo o senso crítico dos jovens a respeito da responsabilidade envolvida em cada ato de comunicação (por exemplo, no repasse de fake news) e, sobretudo, a respeito da importância da coerência entre discurso e prática como um caro valor cristão”, pontua Fontes.
Desenvolvimento pessoal
Como a nova estrutura curricular implica em escolhas e autoconhecimento, o Projeto de Vida é necessário para acompanhar o estudante durante o processo de aprendizagem, além de promover e auxiliá-lo em seu o desenvolvimento. Como explica o professor do CPM São Paulo, Gabriel Leite Neres, são oferecidas ferramentas para que o aluno seja capaz de compreender o mundo do trabalho, regular suas próprias emoções e se autoavaliar.
Segundo Neres, não basta apenas realizar um teste que aponte para uma direção, é necessário se conhecer, entender quais são seus valores, inteligências e “aquilo que o realiza enquanto ser humano ao mesmo tempo em que o dispõe para uma ação ética e consistente no mundo”, completa.
Ainda de acordo com o professor Neres, o valor do Projeto de Vida na formação dos alunos não diz respeito à escolha profissional ao final da jornada acadêmica, mas sim ao enriquecimento de suas crenças, valores e identidade moral.
Em resumo, explica Ênio Fontes, a oferta de um currículo flexível favorece a aproximação das vivências proporcionadas no espaço escolar à realidade em que os jovens estão inseridos. “Considerando a existência das inteligências múltiplas, essa flexibilidade é muito saudável porque permite ao estudante canalizar sua energia para áreas em que tem (maior) facilidade e interesse. O interesse, vale dizer, é o combustível para o ato de ensinar: é pouco ou nada produtivo ensinar algo a quem não quer aprender”, finaliza.
Conheça mais sobre o novo Ensino Médio:
"Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" Filipenses 1:6