O Brasil é um país de clima tropical, porém, nos últimos anos, o número de mortes por conta da gripe tem crescido. Mesmo com a ampla campanha de vacinação, em 2019, São Paulo registrou 294 casos de gripe. No Brasil, 281 pessoas morreram por conta do vírus H1N1. As crianças também correm riscos e tendem a ter mais complicações relacionadas à gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 3,7 milhões de pequenos não receberam doses da vacina no país.
“Além da imaturidade do sistema imunológico, nos meses em que há maior circulação viral, as crianças tendem a ficar mais aglomeradas em ambientes com pouca ventilação e geralmente compartilham brinquedos e objetos, o que aumenta o risco de transmissão”, alerta a pediatra do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), Nicole Vergna.
Mesmo próximo do fim do inverno, a médica explica que não se pode baixar a guarda: o período de risco de se contrair a gripe vai de abril a setembro, porém, por conta do clima tropical e da extensão territorial brasileira, casos esporádicos podem ser registrados em qualquer período do ano.
Como evitar
Para evitar que os pequenos fiquem doentes, pais e responsáveis devem levá-los para vacinar todos os anos. Mesmo com o fim da campanha da vacinação nos postos de saúde do SUS, a rede particular ainda fornece doses da vacina.
Além disso, outros cuidados devem ser tomados. De acordo com Nicole Vergna, as crianças devem ser instruídas a higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel antes de comer e antes e depois de terem contato com objetos públicos. Elas precisam evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies como corrimãos, bancos, maçanetas e outros. E não devem compartilhar copos, talheres ou outros utensílios de uso pessoal.
Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física também ajudam a evitar que os infantes fiquem gripados.
Diagnóstico
A gripe pode ser identificada quando a criança apresenta febre, tosse e coriza. A febre, por exemplo, costuma ser alta e dura três dias. Sintomas respiratórios podem persistir após o fim da febre. Além disso, os pequenos também podem apresentar problemas gastrointestinais, como vômitos, dor abdominal e diarreia.
Em caso de suspeita, os pais devem procurar atendimento médico. “É importante ressaltar que criança com febre não deve ir à escola antes de se verificar a causa, pois pode se tratar de gripe ou outra doença infecciosa”, completa Vergna.