A Empresa Júnior Engenharia Mackenzie (EJEM), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em parceria com a empresa júnior da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FauuspJr) da USP, ganhou o desafio da Brasil Júnior, órgão nacional das Empresas Juniores, com o projeto oniPLUS. O objetivo do concurso era incentivar os estudantes participantes das empresas juniores a apresentarem propostas de combate ao coronavírus, seja na prevenção ou moderação dos casos.
Estavam à frente do projeto vencedor os universitários Ana Julia Secco, Guilherme Buzzo, Leonardo Vilela e Maria Fernanda Alonso, da EJEM, e Heitor Feletti, Iara Carneiro, Isabela Sverner, Laryssa Martins e Rebeca Guglielmo, da FAUUSP.
Definido como um dos cinco projetos finalistas e depois confirmado como o vencedor, o oniPLUS busca, após o período de quarentena, garantir o deslocamento da população brasileira no transporte público sem provocar um novo surto da doença. Para isso, os ônibus receberiam adaptações flexíveis para proteger passageiros, motorista e cobrador.
Uma das providências seria, ao entrar no ônibus, a medição da temperatura por meio de termômetro a laser e, caso a mesma fosse igual ou superior a 37.8Cº, o passageiro receberia uma máscara. Além disso, os assentos seriam retráteis, em uma espécie de cabine, que garante um maior distanciamento, inclusive dos passageiros que fazem o trajeto em pé. Neste vídeo, é possível conhecer o projeto completo.
De acordo com a diretora presidente da EJEM, Michelle Teixeira Nascimento, a realização de tais desafios demonstra que empresas juniores podem ajudar a gerar impacto na história do Brasil com inovação, empreendedorismo, liderança e educação.
“Por meio de uma ideia criativa e inovadora, queremos ajudar governos a solucionarem os desafios causados pela crise”, afirmou a equipe da EJEM.
A presidente também conta que o projeto surgiu por meio de um brainstorm entre a EJEM e FAUUSP sobre o momento atual e de que forma seria possível melhorá-lo. “A partir disso, concluímos que os transportes públicos estavam ameaçados pela dificuldade de implantar soluções. Assim, focando nos ônibus, chegaríamos a um resultado inovador e impactante”, disse. Sobre a parceria com a FAUUSP, Michelle completa, “foi essencial para o desenvolvimento do projeto, considerando partes técnica e pessoais. O trabalho em grupo possibilitou compreensão e união”.
Para o membro da coordenação de Estágio e Protagonismo Estudantil da Escola de Engenharia (EE) da UPM, Marcos Stefanelli Vieira, a conquista desse prêmio representa o “reconhecimento do trabalho entregue pela unidade acadêmica e o engajamento dos alunos, que colocaram em prática o conhecimento em prol da sociedade”. Vieira também destaca que a participação em projetos como este é fundamental, porque gera retornos significativos e incorpora valores positivos aos alunos, professores e a tradição dos cursos de Engenharia da UPM.
Sendo o vencedor, o oniPLUS recebeu o investimento de 10 mil reais da Brasil Júnior para aperfeiçoamento e busca de possíveis financiadores para a aplicação do projeto. Michelle revela que foi uma conquista muito grande porque estavam concorrendo com mais de 60 trabalhos de todo o Brasil. "O projeto ficou incrível e nós não poderíamos estar mais felizes e orgulhosos de tudo isso. Vencer o desafio significou uma vitória para toda empresa, mostrando nossa capacidade mesmo em meio ao cenário que estamos vivenciando", completa.
Durante a pandemia do Coronavírus
A EE tem desenvolvido práticas para amparar a sociedade e o sistema de saúde, com a produção de máscaras e protótipos de respiradores de baixo custo. No mês de abril, o Mackenzie doou 1.700 máscaras para cinco hospitais do país, que receberam lotes com equipamentos de proteção facial. O projeto dos protótipos dos respiradores encontra-se em fase final e, após a produção, também serão doados a instituições de saúde.