O 6º Congresso da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (TDI Brasil) reuniu, ao longo de três dias, pesquisadores, pensadores e interessados na Teoria do Design Inteligente (TDI), no campus Higienópolis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). O evento, que aconteceu entre os dias 18 e 20 de julho, contou com o apoio do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), da UPM, da Chancelaria Mackenzie e do Discovery Institute, e ofereceu uma programação com palestras, workshops, fóruns e momentos de troca entre os participantes.
A abertura oficial do congresso foi marcada pela palestra magna "O que é a Teoria do Design Inteligente?", ministrada pelo geólogo e advogado norte-americano Casey Luskin. Doutor em Geologia pela Universidade de Joanesburgo, onde se especializou em paleomagnetismo e tectônica de placas, Luskin também atua como pesquisador associado do Discovery Institute e é uma das vozes mais ativas na defesa da TDI como uma proposta científica legítima e fundamentada em dados observáveis.
“O nosso primeiro passo foi entender como reconhecer o design. Nós estudamos objetos ao nosso redor no mundo que sabemos que foram projetados. Estudamos agentes inteligentes que criam coisas. Isso nos permite compreender que o Design Inteligente prevê coisas como: informação complexa e específica (CSI), complexidade irredutível, plantas ou esquemas (blueprints), propósito, reutilização de partes em diferentes projetos, coordenação entre as partes, função, e assim por diante”, explicou o palestrante.
Segundo Luskin, a TDI parte de um método investigativo claro. Depois de entender os critérios para identificar design, a proposta é aplicá-los ao mundo natural para verificar se certos sistemas apresentam sinais de projeto inteligente. “Estamos efetivamente aplicando os critérios de detecção de design para prever o que deveríamos encontrar na natureza, caso esses sistemas tenham sido realmente projetados”, afirmou.
Durante sua exposição, Luskin também criticou a suficiência da seleção natural e dos processos evolutivos tradicionais para explicar a origem de estruturas altamente complexas. Ele destacou os limites das mutações e da seleção como mecanismos criadores de informação funcional inédita.
“Mutação e seleção têm limites claros. A origem de sistemas altamente complexos não pode ser explicada por processos lentos e acumulativos”, argumentou. “A ciência não deve limitar suas conclusões apenas a causas naturais. Se a evidência aponta para design, então isso deve ser considerado uma hipótese científica válida.”
“Com isso, conseguimos entender melhor como os sistemas naturais realmente funcionam. É assim que fazemos isso, de uma maneira muito simples”, concluiu.
A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades acadêmicas e religiosas, como o reitor da UPM, Professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos; o presidente emérito da Sociedade Brasileira do Design Inteligente, Enézio de Almeida Filho; o presidente da TDI Brasil e professor da Escola de Engenharia da UPM, Marcos Eberlin; e o capelão universitário Reverendo Gildásio Jesus Barbosa dos Reis, que representou o chanceler Robinson Grangeiro.










