Para auxiliar a demanda de equipamentos médicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19), que pode levar à Síndrome do Desconforto Respirátório Agudo (SDRA), a Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, está desenvolvendo projetos de ventiladores mecânicos de baixo custo que facilitem a produção do equipamento para serem utilizados em hospitais do país.
O projeto, intitulado MackBreathe, tem como objetivo desenvolver ventiladores médicos de baixo custo e, com parceria externa, iniciar produção em maior escala. Segundo Antônio Mello, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da UPM, até o momento foram feitos dois protótipos do aparelho.
“Eles foram baratos de se produzir e, utilizando os laboratórios da instituição para o desenvolvimento e montagem, os investimentos para a sua produção serão ainda menores”.
No momento, os especialistas da Engenharia Elétrica estão estruturando, configurando e testando a parte elétrica dos protótipos.
Protótipo do respirador
Assim que os aparelhos estiverem completos, há planos de disponibilizá-los para testes em instituições médicas para avaliação. Há também a necessidade de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deve ser resolvido com rapidez, visto que é um equipamento necessário com extrema urgência para lidar com a situação atual.
De acordo com Mello, para produção em maior escala e para cobrir parte da produção dos equipamentos, será necessária uma associação com parceiros externos ou de algum financiamento de órgão público interessado.
Confira o vídeo do protótipo:
Equipe do projeto
O MackBreathe é composto por um comitê diretivo ordenado pelo diretor da EE, Sérgio Lex, e pelos coordenadores Antônio Mello, da Engenharia Mecânica, André Helleno, da Engenharia de Produção e Rodrigo Vieira, da Engenharia Elétrica. No comitê do projeto, encontram-se professores e técnicos das áreas de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica, bem como o professor Marcelo Fernandes, do curso de Fisioterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UPM, e o médico cardiologista Marcos Cesar Valério de Almeida, que auxiliam na parte de consultoria do projeto.