21.01.2021 - EM Eventos
Na manhã do dia 20 de janeiro, de forma on-line, aconteceu a abertura do II Fórum de Aprendizagem Transformadora, realizado pela Pró-Reitoria de Graduação (PRGA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), e que marca o início das atividades acadêmicas com encontros direcionados a todos profissionais da área educacional da Universidade. O tema da primeira palestra foi o “Uso de Rubricas para promover aprendizagem”, ministrada por César Augusto Amaral Nunes, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Na abertura do evento estavam presentes José Francisco Hintze Júnior, da diretoria de Desenvolvimento Humano e Infraestrutura (DESIN) do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), representando o presidente do IPM, José Inácio Ramos; José Paulo Fernandes Jr., diretor de Finanças e Responsabilidade Social (DIFIR) do IPM; professor Marco Tullio de Vasconcelos, reitor da UPM; e Janette Brunstein, pró-reitora da PRGA da Universidade. O momento devocional foi realizado pelo reverendo Robinson Grangeiro, chanceler do Mackenzie.
O reitor deu boas vindas a todos e frisou que, apesar das dificuldades que se apresentam, este é um ano de possibilidades e esperança. “Passamos por um ano com questões inesperadas, mas aprendemos a ter paciência e resiliência, com um trabalho criativo e de persistência”. Além disso, Vasconcelos destacou a importância dos professores cuidarem de sua saúde mental. “É um período de muito estresse. Temos de cuidar de nós mesmos, da saúde física, emocional e de nossos relacionamentos”, explica.
Ferramenta da educação
A pró-reitora de Graduação, Janette Brunstein, definiu as Rubricas de Avaliação como um poderoso instrumento para promover aprendizagem e desenvolver as competências dos estudantes. Além disso, ela apresentou as competências-chave definidas no I Fórum de Aprendizagem, em 2020, e que servirão como base para o desenvolvimento da Aprendizagem Transformadora, enquanto o chanceler comentou cada uma, são elas: Liderança e competências empreendedoras; Ética; Reflexão Crítica e Comunicação; Sustentabilidade e bem-estar coletivo; e Competências culturais e globais.
Os itens acima foram definidos em cima da identidade Mackenzie, com uma política educacional orientada à aprendizagem transformadora. O processo contou com rodadas sucessivas em grupos de trabalhos na primeira edição do fórum, consolidação junto à equipe da PRGA, validação com os professores especialistas da casa nos temas de cada competência, grupo focal para validação com profissionais do mercado indicados pelos diretores das unidades acadêmicas e, por fim, validação junto à chancelaria e à reitoria.
Mas como acontece o processo de transformação? Segundo a pró-reitora, é necessário estabelecer um diálogo consigo mesmo e garantir a interação social, além de ter a consciência de que a perspectiva individual e os hábitos mentais podem levar a uma interpretação não favorável.
“A aprendizagem informacional não dá conta dessa mudança. Ela tem que ser transformacional, porque, a partir daí, posso desenvolver novos discursos e novas competências”, completa Janette.
A importância das rubricas
Segundo o professor Nunes, as rubricas de avaliação podem ser utilizadas para estimular a autoavaliação e desenvolver o pensamento crítico. “Elas trazem um pretexto e contexto para falar da qualidade de aprendizagem, na medida em que os professores, de forma coletiva, analisam os problemas e decidem resolvê-los. O impacto disso na aprendizagem dos alunos é enorme”, pontua.
Existem diversos modelos de rubricas, mas ele costuma trabalhar com quatro níveis em que os alunos possam se encaixar, dependendo do critério ou produção impostos. “É importante que o aluno entenda e se sinta provocado. Por isso, preencher os níveis é relevante para o professor compreender se o aluno precisa de ajuda, apoio, mas ele precisa de oportunidade para fazer de novo”.
“Normalmente, enxergam a rubrica como o instrumento de avaliação, mas é importante ver o quanto promovemos de pensamento e reflexão nesse aluno. Por isso, é fundamental pensar nas rubricas como parte de um processo", explica o palestrante.
Como explica Nunes, o foco do trabalho e da dedicação está no próprio aluno, que traz as evidências que podem ser utilizadas no momento da avaliação. O feedback é conhecido por ser uma ferramenta que analisa o que poderia ter sido feito, o que pode ser frustrante; enquanto o feedback comunicativo faz perguntas para entender o contexto e dá uma sugestão do que pode ser feito da próxima vez, possibilitando o crescimento do indivíduo. “É construtivo. Com um feedback assim, o aluno sai satisfeito. É uma alimentação para frente”.
Após o final da palestra, os professores foram direcionados aos grupos de trabalho, que têm como objetivo definir as rubricas de avaliação para cada competência-chave, levando em consideração os pontos levantados pelo palestrante. O fórum continua com as atividades até amanhã, 22 de janeiro.