Abertura do X Fórum de Pesquisa FAU Mackenzie tem a presença de pesquisadores renomados

Entre os dias 04, 05 e 06 de outubro, acontece a 10ª edição do Fórum de Pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que este ano debate temas relacionados à projeto, cidade e ambiente. Na terça-feira, dia 04, foi a abertura do evento para o curso de Arquitetura e Urbanismo, no auditório Benedicto Novaes Garcez, campus Higienópolis, com a palestra do arquiteto argentino Andrés Borthagaray.

A pesquisa de Pós-Doutorado sobre “Espaços públicos de mobilidade em Paris, Tóquio e Buenos Aires” foi o tema trabalhado por Andrés Borthagaray na abertura, com foco nas implicações sociais das transições energéticas e digitais, potenciadas pela pandemia. “Devemos acelerar as mudanças relacionadas aos problemas ambientais e ao aquecimento global e, para isso, o espaço de mobilidade é importante, fazer com que possamos caminhar mais, usar mais a bicicleta, pegar mais o transporte público”, afirmou o pesquisador argentino.

Andrés também falou sobre o entusiasmo de compartilhar sua pesquisa e ouvir as apresentações ao longo do Fórum: “Estamos enfrentando problemas mundiais e temos que encontrar respostas mundiais. São Paulo e Buenos Aires são próximos, geograficamente e culturalmente, mas é possível, na pequena diversidade, definir novas soluções”.

A diretora da FAU, Angélica Benatti Alvim, destacou que Andrés é diretor do Instituto Cidade e Movimento da América do Sul, com sede no Mackenzie e que realiza trabalhos de pesquisa e extensão em conjunto com UPM. “É a oportunidade de discutir as nossas cidades e o papel social da Arquitetura, Urbanismo e Design na produção do conhecimento e de qualidade de vida para uma sociedade mais equitativa”, disse a diretora.

Já a coordenadora de Pesquisa da FAU, professora Roseli Maria Martins, falou sobre a importância de fomentar pesquisa nesse viés: “Entendemos que é necessário mobilizar nosso aparato pensante para encontrar respostas para o tema e também para o Mackenzie se engajar”.

Estiveram presentes Betânia Soares, coordenadora de suporte e projetos da Coordenadoria de Fomento à Pesquisa (CFP), representando o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Felipe Chiarello, e capelão reverendo Gildásio Reis, representando o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro Monteiro. 

Conferência para Design

Ao longo da semana, o Fórum de Pesquisa também prestigiou os alunos do curso de Design, com palestras, apresentações e conferências voltadas para os alunos desta formação. Na segunda-feira, 03 de outubro, no período da noite, também foi realizada a Conferência do Design.

De acordo com a coordenadora do curso, professora Nara Marcondes Martins, é importante passar para os alunos a ideia de investir em pesquisa na área. “A possibilidade de trazer profissionais da área de design, pesquisadores de outras regiões, ajuda muito a abrir outros olhares para o nosso campo, porque hoje o design é muito amplo. Então trazer professores que estão em outra instituições, que estão pesquisando o campo, e subáreas do design, é muto importante”, afirmou.

A palestrante da noite foi a professora da Escola de Design do Rio de Janeiro, Lígia Medeiros, que tratou sobre a Relação da Expressão Gráfica com o Processo Criativo. “A gente imagina que a ideia ou a solução se desenvolve mentalmente e que depois a gente vai para a folha de papel, apenas colocar aquela ideia quando ela já está bastante desenvolvida. No entanto, sobretudo aquele que está aprendendo os mecanismos do seu próprio processo criativo,  precisa  de etapas preliminares na representação gráfica, que revelam aspectos daquele processo de criação que ainda está muito incipiente”, explicou a docente.

Ainda segundo Lígia Medeiros, passar o tema de sua própria pesquisa poderia contribuir para que os mackenzistas conhecessem um pouco mais sobre o processo científico da área. “Pesquisar sobre o seu próprio processo criativo é algo que vai ser fundamental para você e se entender melhor como profissional, como pessoa, como criador, como pesquisador”, explicou.