2022 - Bruna Popak - Administração

Hoje completam-se 2 meses desde que comecei minha mobilidade acadêmica na Universidade de Münster. Relatarei aqui brevemente como o processo funcionou comigo, desde a descoberta do programa de intercâmbio até o momento presente.

Eu sempre quis fazer intercâmbio. Quando descobri essa oportunidade oferecida pela faculdade, não hesitei e comecei a pesquisar sobre.  Infelizmente no começo foi difícil conseguir as informações necessárias porque estávamos no começo da pandemia, e o único contato que eu tinha com a COI era através de e-mail e telefone, o que não ajudou. Mas o site e os documentos responderam quase todas as minhas perguntas. Acredito que pessoalmente sempre será melhor, por isso foi um pouco estressante entender sobre o processo, mas, quando entendi e escolhi a universidade, tudo passou a funcionar perfeitamente.

Assim que descobri que tinha sido aceita, o apoio que eu recebi do Outgoing foi incrível. Agradeço imensamente pelo contato claro e rápido que elas me ofereceram. Principalmente quando precisei postergar a mobilidade devido à pandemia. Estava aflita achando que minha vaga seria cancelada, mas deu tudo certo!

A preparação para a mobilidade infelizmente foi exaustiva. Eu não tinha datas certas e precisava comprar a passagem o mais cedo possível! E o pior de tudo foi encontrar moradia. Aqui os preços são absurdos e dizem que é mais fácil encontrar emprego do que algum lugar para morar. Entendo que nem o Mackenzie nem a WWU poderiam ter me ajudado nessa parte, mas estou apenas relatando o estresse que foi esse momento, e quero sempre poder alertar quem está indo fazer mobilidade em alguma faculdade que não oferece alojamento próprio: comece a procurar o mais cedo possível, e não desista nunca, porque vai valer a pena.

Assim que tudo isso passou e cheguei aqui na Alemanha, experenciei uma montanha-russa de sentimentos. O recebimento da Universidade foi maravilhoso; eventos para os intercambistas se conhecerem, palestras sobre a cidade e a universidade, cursos preparatórios de alemão, o apoio que recebi foi realmente impecável. No começo, o idioma foi um susto e tanto. Mesmo não falando alemão, quando cheguei pensei que nunca iria conseguir aprender e que apenas meu inglês não seria suficiente. Ouvir pessoas conversando e não entender nada me causou bastante ansiedade nas primeiras semanas, assim como me acostumar com a cultura totalmente diferente. Mas acredito que na quarta semana já poderia chamar esse lugar, uma vez assustador, de casa.

O medo passou completamente, os estudos haviam começado, e a neblina que estava na minha cabeça começou a desaparecer. “Um dia de cada vez” é uma frase clichê, mas que se aplica perfeitamente para esses dois meses que vivi, e aconselho a todos que querem fazer a mobilidade acadêmica para não se preocupar tanto, lembrar da sua principal razão de estar vivendo essa experiência e aproveitar cada momento, porque eventualmente as coisas vão dando certo.

Conheci pessoas de todos os lugares do mundo, estou criando vínculos que nunca achei que criaria, estudando matérias que estão me ajudando a descobrir que ramo quero seguir profissional e academicamente, e aprendendo uma nova língua. Honestamente não consigo encontrar pontos negativos nessa minha experiência até agora. Claro, vivi dificuldades, como o processo de tirar o visto aqui, mas essas dificuldades vieram mais de dentro de mim do que da realidade em si.

Ainda tenho alguns meses pela frente, e mal posso esperar para ver o que o futuro me aguarda. Em agosto irei embora, e já sei que não quero que esse momento chegue. Passa muito rápido. Mas vale a pena; cada momento é precioso aqui.