2023 - Raycke Lopes de Sousa Martos - Arquitetura e Urbanismo


A experiência de Intercâmbio é muito além do que esperava. Ao início pensava que principalmente me ajudaria a ter uma outra visão de ensino, além de alguns outros hábitos de vida, e que estes me ajudariam a me tornar um melhor profissional no futuro, porém em meu caso tive ótimas surpresas.

Sendo brasileiro estudando em Portugal, claro que houveram muitos aspectos agradáveis e facilitados, como as semelhanças entre os países na comida e idioma; mas o que mais me encantou foi o contexto de ser extranjeiro na universidade. Pensava que conheceria muitos portugueses e suas maneiras de ser, mas aqui em Lisboa conheci gregos, italianos, espanhóis, indianos e até polonesas. Todos estes colegas com quem conversava no dia-a-dia e também as vezes trabalharam comigo em projetos da faculdade foram muito simpáticos e me ensinaram muito – tanto na arte de se projetar arquitetura, quanto à respeito de seus países e do que encontravam em Lisboa.

Junto disso, não é preciso dizer que para um estudante de arquitetura e urbanismo, que poder visitar e conhecer TODOS os lugares pela primeira vez, observando ruas, projetos, edificações e interações sociais foi um prato cheio. Não houve um dia sequer sem perder a visão apaixonada pelas cidades que visitei, fazendo desenhos delas e/ou tirando fotos. Sinto que precisava disso, e ainda não sabia.

Dito isso, há um aspecto do outro lado da balança que fiquei a desejar enquanto estava na europa: lá eles não tem tradição como no Brasil de terem muitas atividades, eventos e entidades extra-classe na universidade. Para um aluno da FAU-Mackenzie, é mais do que normal tentar participar de 3 ou 4, até 5 atividades extra classe na faculdade, como estudos de cenografia, coletivos estudantis, optativas de aulas que não se normalmente tem e etc – enquanto lá apenas consegui presenciar 2 palestras. Bem, para esses casos que a experiência se torna também válida, não é? Não se pode esquecer de preparar sua mentalidade para as diferenças que for encontrar, pois é muito mais fácil haverem diferenças que semelhanças entre as rotinas e mentalidades.

Desde que decidi estudar Arquitetura pensava em estudar mestrado e depois também doutorado, e após 6 meses apenas em Portugal a ideia apenas ganhou mais força – e não necessariamente lá, mas poder estudar em qualquer país europeu imagino que terei os mesmo benefícios de encontrar e trabalhar com as mais diversas pessoas de minha área tal como foi durante a mobilidade acadêmica. Por isso agradeço ao COI e a UPM por me ajudar a reallizar um sonho muito querido, e que também tenham dado suporte ao longo do semestre!

 

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