06.04.2022 - EM Esporte
No dia 17 de março, o Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM), unidade Tamboré, foi a casa do jogo-treino de basquete da Seleção Brasileira Sub-18 contra a equipe adulta de São José dos Campos. A disputa aconteceu no ginásio da unidade, local conhecido pelo Projeto BIS (Basquete com Inclusão Social), realizado pela Gerência da Responsabilidade Social e Filantropia (GERSF) do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).
Os beneficiários do Projeto tiveram a oportunidade de estar perto da Seleção Brasileira, que conta, inclusive, com um jogador que começou sua carreira no Projeto BIS: Leandro Cardoso foi atleta do Basquete com Inclusão Social nos anos de 2016 e 2017. Além dele, a partida contou com a presença do ex-atleta da Seleção, Gabriel Caldeira, que foi aluno do Colégio até o início de 2022 e também beneficiário do BIS.
Os dois fizeram história no projeto. Em 2016, quando atuavam no Sub-12, foram campeões Paulistas. Já em 2017, foram vice-campeões sul-americanos de clubes pelo Sub-13. Leandro continuou no projeto até os 15 anos e definiu aquele período como incrível, difícil e muitas vezes intenso. Mas foi ali que tudo começou. “Retornar para o ginásio onde o sonho foi plantado é sensacional, um mix de emoções em ver que todos os 'puxões de orelha', broncas e incentivos me fizeram chegar aqui”, diz.
A coordenadora do BIS, Talita Lourenço Gonçalves, acompanhou os atletas dos 8 aos 13 anos e comentou sobre a sensação de revê-los, mas dessa vez como atletas profissionais. “Foi uma honra. Um orgulho muito grande! Temos uma relação que vai muito além de técnica e atleta. Sempre cuidei deles como se fossem meus filhos, então, vê-los formados e realizando um sonho, colhendo os frutos me deixa muito feliz e grata à Deus pela oportunidade de vivenciar tudo isso”, conta a professora, que foi técnica de 2008 até 2018.
Da esq. para dir: Gabriel Caldeira, Talita Lourenço, Murilo Lourenço, filho da técnica, e Leandro Cardoso.
E o sentimento é mútuo. Ao ser questionado sobre a melhor lembrança no Projeto Bis, Leandro responde: “Sem dúvidas foi com a minha primeira técnica, Talita. Ela foi minha mãezona. Me ensinou o básico do basquete e a me comportar como atleta. Quando ganhamos o Campeonato Paulista, era minha primeira experiência em uma final. Lembro como se fosse ontem, eu todo nervoso, arrumando minhas coisas um dia antes… nunca tinha ficado tanto tempo longe da minha mãe e aprendi a me virar sozinho”, conta.
O que é o Basquete com Inclusão Social?
Criado em 2008, o projeto BIS - Basquete com Inclusão Social - busca promover a inclusão social de crianças e adolescentes, de 9 a 15 anos, oriundos de escolas públicas e privadas da região de Carapicuíba, Santana de Parnaíba e Barueri, por meio da formação continuada dentro da filosofia e dos princípios éticos, utilizando-se como maior recurso a prática esportiva.
A iniciativa é dividida em quatro categorias: Pré-Mini / Sub-12 (atletas de 12 anos), Mini / Sub-13 (13 anos), Mirim / Sub-14 (14 anos), e Infantil / Sub-15 (15 anos), além da Escolinha, com atletas de 09 a 11 anos, que não é competitiva.
Os atletas, a partir do Pré-Mini (Sub-12), são inscritos na Federação Paulista de Basquete e participam de competições organizadas por esta instituição, promovendo a inclusão social e proporcionando o desenvolvimento e a prática esportiva, não só para a formação física, mas integral dos alunos esportistas. Mais de 1.500 crianças passaram pelo projeto e, atualmente, 110 alunos são beneficiados.
O atleta Leandro ainda deixa um recado para os iniciantes no projeto: “Obediência, treinar duro, seguir todas as informações dos coachs, se alimentar e repousar bem, isso irá fazer toda a diferença. Acredite em você!”, finaliza ele.