Professores do Colégio Mackenzie Brasília promovem ecologia interativa no Cerrado

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Árvores.
Proposta de fazer com que os alunos vivenciem o conhecimento passado em sala de aula

14.04.2022 - EM Responsabilidade Social

Comunicação - Marketing Mackenzie


Transformando o modelo engessado do ensino teórico, educadores do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) unidade Brasília, trazem um projeto diferente para a didática das Ciências Biológicas: familiarizar os jovens com a fauna e a flora do Cerrado para despertar neles o desejo de proteger o meio ambiente.

Complementando o aprendizado do dia a dia, a iniciativa se baseia na realização de uma experiência imersiva na natureza em que os alunos conhecerão o ambiente no qual estão inseridos. O objetivo é instigar neles a compreensão de todos os processos de interdependência que existem entre o homem e a natureza.

Os professores têm se dedicado a adotar metodologias que provoquem nas crianças e adolescentes uma empatia com a fauna e a flora existentes nos lugares em que residem. Conhecer esta realidade é uma forma de criar afinidade com a diversidade destes seres.

Um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e divulgado em 2020 na revista Science, demonstra que os jovens têm se preocupado mais com o meio-ambiente nos últimos anos. Especialistas informam que a identificação com a realidade regional cresce nos estudantes o interesse em preservar a natureza.

Desbravar o Cerrado

Após ficarem quase dois anos sem o convívio escolar - e alguns nunca o tiveram - muitos estudantes viram diminuir a proximidade que tinham com a natureza. Para superar o tempo perdido, os educadores têm apostado em atividades que promovam a interação ao ar livre.

“Com a reclusão social devido às medidas de segurança contra a covid-19, os jovens deixaram de andar e não puderem observar as belezas que o Cerrado oferece. Estar inserido no meio-ambiente desperta neles a curiosidade de entender como funciona a natureza à sua volta”, comenta Borges.

A proposta do professor é realizar passeios com destino a reservas naturais da região para colocar em prática o conhecimento repassado em sala de aula, mudando a didática da biologia para uma metodologia prática e palpável que propicie um interativo saber ecológico.

A iniciativa pode mudar a concepção errada que muitas pessoas têm do Cerrado. “Quando falamos sobre, é comum que se pense em um local inóspito de vegetação seca e composta por árvores retorcidas, mas sabemos que esse bioma não se reduz apenas a isto. Há muitas paisagens belas a serem exploradas”, acrescenta ele.

Além, dos tesouros que ainda não foram descobertos, o professor menciona que as expedições também partirão rumo a estações regionais de pesquisa. A decisão foi baseada em um modo pelo qual a produção científica brasileira possa ser valorizada.

“Muitas instituições brasileiras realizam estudos com as espécies nativas do Cerrado. Durante as excursões, apresentaremos os diferenciais do bioma, destacando a Ciência local e demonstrando como o aproveitamento responsável desses recursos pode trazer benefícios para todos”, concluiu.

Compreender para sensibilizar

Conscientizar aqueles que serão os adultos de amanhã é uma forma de garantir que as riquezas nativas do país serão manuseadas com mais sabedoria no futuro. O aprendizado sobre estes processos faz toda a diferença na forma como são percebidos os ganhos científicos que este ecossistema traz.

Como explica o professor de Biologia, “a exploração destes bens, quando acontece de forma responsável, pode originar muitos produtos úteis para a sociedade. Ademais, ao estudar estes recursos, os alunos podem encontrar biotecnologias que ainda estão escondidas ali”, disse ele.

Apesar de ser o bioma mais antigo e o segundo maior do Brasil, o Cerrado é o mais ameaçado de todos. Além de não contar com a mesma proteção que a Floresta Amazônica tem, o solo da savana brasileira depende de um complexo sistema de aquíferos subterrâneos e que, uma vez devastado, não voltará a se recuperar.