Infodemia: como o excesso de informações prejudica o bem-estar

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Informação em excesso potencializa o pânico, a ansiedade e espalha rumores de forma amplificada

23.10.2023 - EM

Comunicação - Marketing Mackenzie


Uma pesquisa realizada pelo Instituto Reuters, em 2023, mostrou que 79% dos brasileiros entrevistados tendem a informar via redes digitais. O termo “Infodemia” foi criado para designar um fenômeno social no qual a informação em excesso potencializa o pânico, a ansiedade e espalha rumores de forma amplificada por meio do uso das redes e dos veículos de comunicação. 

Efeitos colaterais 

O fenômeno influencia diretamente na maneira como a sociedade lida com os acontecimentos - por exemplo, durante a pandemia de covid-19, o termo ganhou ainda mais força por conta da velocidade em que as informações se espalharam e de como as pessoas recebiam o ‘bombardeio’ de notícias (sendo que nem todas vinham de fontes confiáveis). Mesmo pós-pandemia, existem sequelas provocadas por este evento que ainda merecem atenção.

Na era digital, pessoas em qualquer lugar do mundo podem disseminar e receber informações instantaneamente e massivamente - o que contribui para a difusão de informações falsas que impactam diretamente no comportamento humano. 

Informações em excesso podem desencadear transtornos psicológicos, como ansiedade, estresse e crises de pânico. Tais transtornos, influenciam tanto no comportamento quanto na leitura da realidade, bem como na maneira como o ser humano lida com a vida e as relações interpessoais. 

Apesar de a Infodemia ser uma preocupação global, existem maneiras de reduzir o impacto da ‘fartura’ de informações, tornando o dia a dia mais leve e saudável.

Boas práticas 

O primeiro passo é escolher quais conteúdos serão consumidos, filtrando as fontes, de maneira a priorizar a qualidade e o tipo de conteúdo consumido. Escolher perfis, porta-vozes e veículos confiáveis, além do tempo de leitura ajuda a evitar a sensação de sobrecarga causada pelo excesso de informações.

Uma pesquisa realizada em 2021, pela Conversion, consultoria de Marketing Digital, constatou que os brasileiros ficam conectados nas redes sociais, aproximadamente 4h diariamente - o que representa 16% de um dia inteiro. Para se desconectar, é importante checar o tempo gasto principalmente nas redes sociais, sobretudo quando os conteúdos acessados são voltados à recreação, e não tem relevância para o desenvolvimento profissional. 

Mesmo ao acessar conteúdos profissionais é importante fazer pausas. Apesar de ser prático no dia a dia, se não utilizado com cautela, o smartphone pode tornar-se vilão. Por sua dinamicidade, o aparelho proporciona acesso rápido a e-mails, mensagens, aplicativos e diversos serviços. Para evitar uma ‘enxurrada’ de informações desnecessárias, desativar as notificações de certos aplicativos nas configurações é vital para a saúde mental, além de ajudar no aumento da produtividade.  O uso de diversos aplicativos que enviam notificações a todo tempo induz o acesso, ao mesmo tempo que gera ansiedade. 

Investir no bem-estar e na saúde é o meio eficaz para evitar e limitar horas gastas nas redes sociais, sites de notícias e outros conteúdos. Novos hobbies como praticar esportes, pintar quadros, cozinhar e ler são benéficos para o corpo e a mente, além de promover o desligamento tecnológico que potencializa o autocuidado.