Nesta quinta-feira, 30 de março, a Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, recebeu alunos do segundo ano do curso técnico em Meio Ambiente da Escola Técnica Estadual (ETEC) Getúlio Vargas, para participarem da Oficina de Reciclagem. A iniciativa, ministrada pelos professores EE, Guilhermino José Fechine e Juliano Barbosa, explicou a teoria e a prática do processo de reciclagem do plástico usado em canetas para quadro branco.
Fechine contou que a oficina mostra todo o processo de separação, já que as canetas possuem quatro tipos de polímeros. Na sequência, ocorre a trituração e, por fim, é usada a máquina de injeção para obter um produto, que são as réguas e chaveiros que os alunos levam para casa.
Em seguida, Barbosa explicou que a Oficina de Reciclagem já ocorre há vários anos. “Em 2022, atendemos 25 turmas de escolas públicas e privadas. No total foram mais de 700 alunos que passaram por aqui fazendo essa prática de reciclagem”, contou o professor.
O especialista conta que essa geração é muito interessada nas questões ambientais. “Eles entendem a preocupação, entendem a necessidade e muitos já praticam em casa a coleta seletiva em casa”, completou Barbosa.
Durante a oficina, o professor Fechine contou aos alunos que 95% do plástico vem do petróleo, por isso as pessoas entendem o material como um vilão para o meio ambiente. Mas também existem fontes renováveis de plástico, como o milho, a cana-de-açúcar e os biodegradáveis como o Poliácido Láctico (PLA).
Ainda assim, as pessoas acham que jogar lixo biodegradável na rua não fará mal ao meio ambiente, já que ele irá se desfazer. Ao longo da iniciativa, foi explicado que esse pensamento é falso, já que o material precisa de um ambiente propício com microrganismo que o devorem, para que dessa forma ele se desfaça.
Ao comentar sobre a importância da coleta seletiva e o consumo consciente, Juliano Barbosa frisou que São Paulo é a cidade que mais realiza o processo, pois dessa forma se torna possível o realojamento do plástico na cadeia produtiva.
Para o professor do curso técnico em Meio Ambiente da ETEC Getúlio Vargas, Sócrates Ricardo da Paz, é valioso pensar no tipo de pessoas que vamos deixar para o planeta, por isso as instituições de ensino deveriam cada vez mais foco nessa temática: “Essa oficina é uma experiência muito rica para que os alunos sejam promulgadores de atitudes que preservem o nosso planeta. Trazemos eles aqui para mostrar que um detalhe na rotina, pode mudar o futuro”, comentou.
Em entrevista, a aluna do curso técnico em Meio Ambiente, Talita Ferreira, falou que a experiência contribuiu para “aumentar a carga de conhecimento sobre meio ambiente, para aplicar na minha futura carreira profissional, que é biologia marinha”.