No mês de abril, celebra-se o Dia do Jornalista. Lembrado no último dia 07, a data é uma homenagem aos profissionais atuantes em diversos veículos de comunicação, redações, empresas e organizações.
Além de ser guardiões da notícia, atualmente, os jornalistas trabalham em variadas áreas do conhecimento, cumprindo o papel essencial de disseminar informações e manter sempre atualizados diversos públicos. De acordo com o professor e coordenador do curso de Jornalismo do Centro de Comunicação e Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Hugo de Almeida Harris, o jornalismo tem como objetivo discutir e repercutir grandes ações na sociedade. “Nós falamos muito sobre o valor do jornalismo para os alunos, especialmente no começo do curso. Para as pessoas terem consciência do mundo que as cerca, o jornalismo precisa noticiar o que acontece no mundo”, afirma.
Papel do jornalista
Nos inúmeros papéis desempenhados pelos jornalistas, um aspecto de destaque citado pelo docente, é a função de fiscalização que este desempenha. “Não apenas no governo, mas em quaisquer entidades que impactam na vida da população, o papel fiscalizador do jornalista é fundamental”, destaca Harris.
Para o professor, outro ponto extremamente relevante que os jornalistas exercem é a apuração, separando o que é considerado boato e o que é notícia. “Estamos falando de alguém que traz a informação apurada, adequada e analisada, para que as pessoas possam julgar o que tenha acontecido em sua comunidade”, diz o coordenador. “As pessoas que estão em casa, sentadas, depois de um dia de trabalho, acabam sempre estagnadas em seu próprio mundo. O jornalista presta o significante serviço de se adentrar neste mundo e trazer a informação até elas”, reitera.
Desafios
Principalmente, após a pandemia de covid-19, alguns hábitos da sociedade mudaram trazendo desafios não apenas na área da saúde, mas também na esfera da comunicação. O crescimento das ameaças à liberdade de imprensa e a desinformação gerada pelas fake news são algumas dessas.
Na área acadêmica, um dos exemplos citados pelo coordenador é o crescente uso das redes sociais pelos estudantes de jornalismo para se informar e disseminar conteúdos. De acordo com Harris, adaptar-se às mudanças é essencial para a nova ambiência que deve fazer parte da formação dos jornalistas. “Acredito que temos que incorporar as redes sociais com a leitura acadêmica”, afirma Hugo.
Falando do mercado, Harris destaca os desafios das mudanças ocorridas nas estruturas das redações. “Muitos profissionais mais velhos ficam desesperados, pois ‘as redações físicas’ acabaram, mas elas foram transformadas em outras relações de trabalho, como o home office - o emprego em si ainda existe”, reflete.
Jornalismo no Mackenzie
Atualmente, no Mackenzie, existem muitas oportunidades para os estudantes de jornalismo e profissionais formados. Para os alunos do primeiro semestre, por exemplo, há o Jornal Maria Antônia, que tem como objetivo trazer matérias redigidas pelos estudantes a respeito do bairro de Higienópolis e seus arredores. Além disso, profissionais atuam como docentes na instituição, tanto no CCL quanto em outras faculdades e cursos; também existe a possibilidade de fazer parte do time Superintendência de Comunicação e Marketing do Mackenzie (SUCOM), bem como atuar em outros departamentos como jornalistas e profissionais de comunicação.