Liberdade econômica sem libertinagem

VI Conferência de Escola Austríaca no Mackenzie debate diminuição do Estado e outros temas

10.05.2019 - EM Atualidades

Comunicação - Marketing Mackenzie


“A liberdade econômica é a 'mãe' das liberdades, por assim dizer, mas não pode ser confundida com libertinagem. Não trabalhamos uma ideia libertina, mas sim uma liberdade com responsabilidade”. A frase de Adriano Paranaiba, economista e editor-chefe da Revista Acadêmica Mises, deu o contorno da abertura da VI Conferência de Escola Austríaca em 09 de maio no Mackenzie Higienópolis. Evento tradicional do Instituto Mises-Brasil, que vai até 11 de maio, já se consolidou como o maior e mais importante da Escola Austríaca do país. A realização tem parceria do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Durante a abertura, Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do CMLE, deu as boas-vindas à conferência, ressaltando que o Centro é um espaço de debate liberal e aberto a todos. “Somos parceiros do Instituto Mises desde o início de nosso Centro de Liberdade Econômica, faz parte de nossa história. Nestes dias vamos discutir as perspectivas da Escola Austríaca no mundo e também realizar uma análise da situação brasileira sob esta perspectiva”, disse Maciel.

O momento confessional, realizado pelo reverendo José Carlos Piacente Jr., da Chancelaria do Mackenzie, destacou a importância de se debater a questão da redução do Estado e da diminuição de sua influência, inclusive aproximando a reflexão dos preceitos cristãos. “Verdadeiros homens livres estão livres também de um Estado divinizado e opressor”, afirmou o reverendo.

Opinião compartilhada por Paranaiba que também ressalta dois pontos de relevância, o da conferência trazer elementos teóricos para enfrentar os desafios contemporâneos, o que colabora para manter uma tradição de estudos da Escola Austríaca, utilizando todo esse conteúdo para ser aplicado ao Brasil e o segundo, sobre o local do debate. “O Mackenzie é o melhor ambiente para realizarmos um evento como esse, já que tem o pioneirismo acadêmico do Centro de Liberdade Econômica, professores preocupados e preparados, e que conseguem fazer uma ponte entre a confessionalidade e a questão da liberdade, que começa na economia, mas se expande para as demais áreas”, complementou o editor.

De acordo com ele, o momento brasileiro também favorece o debate, já que os governantes, os gestores de políticas públicas estão mais abertos. “Então são três elementos de sucesso para essa discussão: o espaço de qualidade do Mackenzie, o momento do país e o arcabouço teórico da Escola Austríaca com esse histórico de produção científica. Queremos vencer tabus e envolver estudantes, professores e pesquisadores para participarem mais ainda de nossas atividades”, assinalou Paranaiba.

Adilson Aderito da Silva, diretor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da UPM, colocou o evento coo um momento em que a Universidade tem o privilégio de discutir as ideias do liberalismo econômico, “mostrar uma escola bastante forte e que debate diversas vertentes econômicas, apresentando para os alunos e visitantes que existem formas diferentes de se rodar a economia, mudando práticas, situações e, por fim, formar pessoas mais críticas economicamente”.

Participou também da abertura da Conferência o diretor acadêmico do Mises, Ubiratan Jorge Iorio, que pontuou a responsabilidade do Instituto desde seu início. “Temos o dever de apoiar as medidas que o novo Ministério da Economia tenta implementar. Estamos no momento de caminhar juntos, deixemos as divergências para depois”.

Hélio Beltrão, fundador-presidente do Mises colocou que a ideia do instituto era criar uma torre para discutir ideias puras e ética. “Ideias que impactem políticas públicas na realidade e criem influência para melhorar a sociedade. O mundo está mudando rapidamente e hoje já temos ações que seriam impensáveis anos antes”, afirma ele, utilizando como exemplo a Medida Provisória 881, chamada de MP da liberdade econômica. “Vale a pena ler, conhecer e se interessar, uma lei para desburocratizar e melhorar o ambiente econômico brasileiro”, encerra ele.