A dicção é a maneira como alguém pronuncia os sons das palavras, sílabas e letras por meio da fala. Comunicar-se bem é uma habilidade crucial, sobretudo, no ambiente de trabalho. Por vezes, o nervosismo e a ansiedade acabam por criar algumas travas psicológicas que afetam a expressão de palavras, ideias e conceitos. Para aumentar a autoconfiança e a capacidade de dialogar com fluidez é fundamental desenvolver a dicção continuamente. Para ajudá-lo, elencamos 7 dicas que auxiliam no desenvolvimento da fala.
Grave e ouça sua voz
A autoavaliação é o primeiro passo para entender e observar quais são os principais pontos de atenção. Com gravações antes de apresentar um projeto importante, por exemplo, será possível analisar se as ideias foram corretamente transmitidas e compreendidas pelos ouvintes, além de perceber se a voz foi projetada em um volume adequado, sem vícios de linguagem, gagueiras ou outras interrupções na fala e no pensamento.
Ritmo da fala
Cada indivíduo se expressa de uma maneira única. Seja na gesticulação, projeção vocal ou ritmo de fala somos singulares. O ritmo de fala é o conjunto da velocidade na qual uma pessoa formula e projeta sua voz. Apesar de alguns indivíduos falarem mais rápido em comparação aos outros, o ideal é encontrar um meio-termo que torne o discurso compreensível e conexo aos ouvintes; ao mesmo tempo, é necessário ter atenção para não apresentar lentidão na fala ao ponto de tornar a narrativa desinteressante ou entendiante.
Faça exercícios vocais e trava-línguas
Falar bem é um processo de desenvolvimento contínuo. A única maneira assertiva de aprimorar a habilidade é com a prática. Os trava-línguas são grandes aliados para treinar a capacidade de expressão. Na Língua Portuguesa, esse recurso faz parte de uma figura de linguagem chamada de “aliteração” - que consiste na repetição de sons e fonemas; por isso, é excelente para praticar a pronúncia de frases difíceis.
Leia em voz alta
A leitura de livros, revistas, matérias jornalísticas e artigos são grandes aliados para aprimoramento da dicção. Praticar a leitura em voz alta estimula o foco e melhora a capacidade de memorização, além de trabalhar o ritmo da fala. Este hábito benéfico também é uma maneira de desenvolver a projeção vocal, ou seja, a frequência sonora na qual a voz se espalha por determinado ambiente. É importante destacar que o uso correto da frequência vocal altera a percepção dos ouvintes.
Relaxe os músculos faciais
Assim como qualquer parte do corpo humano, os músculos da face também sentem cansaço após um período de grande estímulo, afetando diretamente na dicção. Para relaxar esses músculos, exercícios como forçar o bocejo, abrir e fechar a boca continuamente, fazer caretas e deitar a língua para fora e girá-la dentro da boca com os lábios fechados, além de vibrar os lábios e a língua, ajuda a relaxar.
Aumente o repertório do vocabulário
Além das técnicas vocais, existem outros fatores que também influenciam na qualidade do discurso. Um vocabulário não propício para o público, com uso de jargões, terminologias técnicas, linguagem muito rebuscada, ou com erros de pronúncia, uso de palavras de baixo calão e gírias tendem a ser percebidos negativamente pelos receptores. Ao contrário, ao usar um vocabulário com mais recursos a atenção ao discurso será redobrada.
Como atualmente, o acesso a diversos conteúdos são de uso comum, é importante variar os temas de interesse, consumindo informações de diversas fontes - o que auxiliará na construção de repertório e um vocabulário ‘rico’.
Atente-se à postura
Um bom comunicador não fica preso apenas a dicção. As expressões corporais também transmitem mensagens, por vezes, até contrárias ao que é dito. Técnicas como gesticular em frente ao espelho, manter o contato visual com duas ou mais pessoas durante a apresentação, manter o corpo relaxado enquanto fala, dentre outras transmitem confiança, e consequentemente, geram interesse pelo discurso.