A Faculdade de Direito (FDir) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) realizou, no campus Higienópolis, nesta quarta-feira, 04 de dezembro, o 1º Congresso Internacional Inclusão Social, Políticas Públicas e Governança para reduzir as desigualdades. Além das políticas públicas para ampliar a igualdade social, o evento debateu também o processo de internacionalização que a UPM vem ampliando. Os presentes trataram da importância dos projetos de internacionalização das instituições, bem como a necessidade de se produzir dados de ranqueamento que ajudem as instituições nos países em desenvolvimento a buscarem os melhores caminhos para a evolução.
Segundo o professor Felipe Chiarello, diretor da FDir e um dos palestrantes da noite, é no âmbito da pesquisa que a contribuição dos profissionais do Direito pode ser um grande diferencial. “Isso porque, além de ser uma ciência, o Direito é uma ferramenta de transformação social. O dever da academia é discutir como essas novas gerações do Direito podem trabalhar de uma forma mais ampla de garantir a diminuição das desigualdades”, disse.
Além das Fronteiras
Os estudos sobre a Inclusão Social, desenvolvidos pelo grupo de estudo Inclusão Social, Políticas Públicas e Governança para reduzir as desigualdades, foram amplamente desenvolvidos por conta dos recursos provenientes do Projeto de Internacionalização (PRINT) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do qual a UPM faz parte.
O Congresso, inclusive, serviu para apresentar alguns dos benefícios que o PRINT promove nas pesquisas universitárias. “Para demonstrar como o projeto é importante para disseminar a pesquisa do Mackenzie, formar redes de parceria para escrever artigos e levar a nossa pesquisa para um nível internacional”, afirmou a doutoranda da FDir e membro do grupo de pesquisa, Gabriela Borba Evangelista.
Neste sentido, o Congresso contou com a presença da professora de Direito da Faculdade de Salamanca, na Espanha, Pilar Jímenez Tello, que mostrou como o ranqueamento internacional de universidades contribui para a competitividade entre instituições e nem sempre de maneira positiva. Isso porque as referências utilizadas servem para beneficiar universidades de países anglo-saxões.
“No âmbito europeu e latino americano, a educação é de caráter mais social, como serviço público. Esses indicadores não beneficiam as universidades”, declarou a professora.
Neste aspecto, para a docente espanhola, a educação social deveria ser melhor avaliada, como forma de promover a inclusão social. “Os professores de Direito são capazes de favorecer e facilitar que toda a sociedade se integre. A educação deve ser de caráter social e também um dos indicadores que deveriam medir a qualidade das universidades”, concluiu Jímenez Tello.