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Mackenzista realiza primeira cirurgia do Brasil com realidade aumentada em paciente com lesão no menisco

Procedimento foi feito por David Matias, aluno do MBA em Inovação em Gestão de Saúde da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio

11.10.202418h40 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Mackenzista realiza primeira cirurgia do Brasil com realidade aumentada em paciente com lesão no menisco

O médico ortopedista e aluno do MBA em Inovação em Gestão de Saúde da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio (FPMR), realizou, junto com seu colega, o médico Yury Cordeiro, a primeira cirurgia no Brasil utilizando realidade aumentada em um paciente com lesão no menisco. O procedimento ocorreu em 23 de agosto e, de lá para cá, sete pacientes já passaram por cirurgias semelhantes, seis com lesões no joelho e um no ombro – e só foi possível devido aos avanços da tecnologia e pelo aluno ter colocado em prática os ensinamentos do MBA.

De acordo com o médico David Matias, as três cirurgias de joelho mais recentes, no final de setembro, foram bem-sucedidas, uma de reconstrução do ligamento cruzado anterior e duas de reconstrução do menisco. “Elas serviram para aprimorar ainda mais a técnica. Conseguimos diminuir um pouco mais o tempo cirúrgico, melhoramos a organização dos equipamentos e os protocolos de organização de sala”, diz.

Para David, quanto mais procedimentos forem realizados, mais a técnica será aprimorada, acumulando mais experiência a cada etapa. “Acredito que, no futuro, essa será a única técnica que iremos utilizar para as cirurgias artroscópicas”, projeta o doutor mackenzista.

Conforme ele indica, essas primeiras cirurgias já serviram de exemplo e estão sendo replicadas em outros lugares. “São os primeiros passos para desenvolvermos uma técnica aprimorada para ser utilizada no futuro", complementa Matias.

Os doutores David e Yuri também pretendem realizar procedimentos guiados por óculos de realidade aumentada em diversos tipos de cirurgia como: punho, quadril, cotovelo, tornozelo e coluna, além de expandir para outras especialidades, como neurocirurgia, cirurgia geral, ginecologia, entre outras.

O método permite que os médicos vejam imagens ampliadas e mais nítidas do local da cirurgia, além de acessar simultaneamente exames e informações do paciente durante o procedimento.

A cirurgia é pouco invasiva. Nela, é utilizada uma câmera de fibra óptica dentro do joelho do paciente, por exemplo, e a imagem é apresentada em uma tela para que o cirurgião acompanhe. Com a realidade aumentada é possível ter uma imagem ampliada, deixando-a mais nítida.

Segundo o coordenador do curso de pós-graduação da FPMR, Wladmir Ventura de Souza, essa tecnologia tem impacto direto no bem-estar do paciente. “A redução do tempo da cirurgia faz com que a pessoa fique menos exposta a medicamentos e anestesia. Além disso, o paciente reduz a utilização do espaço físico, retornando logo para casa, onde tem ganhos positivos e extraordinários”, afirma.

Na visão do coordenador, a inteligência artificial na saúde está revolucionando o diagnóstico, o tratamento e a gestão dos cuidados médicos. “Ela permite a análise rápida e precisa de grandes volumes de dados médicos, como exames de imagem e registros eletrônicos de saúde, além de ajudar o médico a identificar padrões e anomalias que seriam difíceis de serem observadas visualmente”, destaca ele.

Para Wladmir, isso melhora a precisão do diagnóstico, a personalização dos tratamentos e resulta num cuidado mais eficaz e totalmente adaptado às necessidades individuais dos pacientes. “O procedimento combina as imagens do mundo real com as imagens virtuais (digitalizadas). Ao utilizar essa ferramenta, os doutores conseguiram, no campo cirúrgico, ter acesso às informações necessárias para realizarem o procedimento da melhor forma, no menor tempo e gerando um impacto, tanto em custo como na medicação”, pontua.

As cirurgias ocorreram Hospital Escola do SUS, no Complexo Hospitalar de Mangabeira, localizado em João Pessoa, na Paraíba.