Sistema Mackenzie de Ensino promove evento que visa a inclusão no ambiente escolar

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Mack+ inclusão contou com palestras de especialistas na área

28.08.2024


No dia 24 de agosto, aconteceu o evento Mack+ Inclusão, promovido pelo Sistema Mackenzie de Ensino (SME), do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis. O encontro, que aconteceu de maneira presencial e on-line, contou com palestras e a apresentação do Coral Acolher dos Deficientes Visuais da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e os instrumentistas da Associação de Deficientes Evangélicos do Brasil (ADEVEB).

O evento que teve como objetivo destacar a inclusão escolar em suas várias dimensões, foi destinado para mackenzistas, escolas parceiras e ao público em geral, interessado em capacitação e atualização na temática.

“Desenvolver um programa de inclusão e seguir perseguindo os seus desafios é promover uma equidade educacional, de forma que todas as crianças, jovens e adultos, independentemente de suas habilidades e necessidades, tenham acessos igualitários à educação, crianças atípicas recebam suporte necessário e adequado para desenvolver seu potencial, minimizando as barreiras ao aprendizado. Lidar com a inclusão tem a ver com respeito às diferenças e a considerar o outro nas suas singularidades”, salientou a superintendente de ensino técnico e básico do Mackenzie, Marcia Braz.

O capelão do Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) de São Paulo, reverendo Alexandre Antunes, comentou sobre a importância de incluir. “De fato, nós precisamos enxergar o ser humano por inteiro, como digno de receber o melhor em todos os aspectos, independentemente das possíveis limitações que possuímos, Jesus enxergou assim e nós precisamos, também, enxergar assim”.

Palestras

O evento contou com as palestras de renomados profissionais na área de inclusão escolar: a psicopedagoga clínica e institucional, Talita Pazeto, que abordou os temas “O que é o Plano Educacional Individualizado (PEI)” e “Desenho Universal da Aprendizagem; o ex-jogador e técnico de basquete PCD, Shilton Santos, que falou sobre o “Esporte como ferramenta de inclusão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”; a CEO do Instituto NeuroSaber e psicopedagoga, Luciana Brites, que falou sobre “Alfabetização Inclusiva”; a coordenadora do Grupo Presbiteriano de Apoio às Mães de Atípicos (GPAMDA), que falou sobre a “Visão Atualizada da Inclusão no Brasil e no Mundo”; além de diversos outros especialistas na área. 

“O PEI deve ser feito de forma individual para cada aluno, visando se atentar nas necessidades de aprendizagem dos estudantes com deficiência. É uma proposta de organização curricular, isso significa que, para aquele grupo que não consegue acompanhar o currículo geral da turma, é necessário adequar o plano de ensino, incluindo todas as crianças. É importante que isso seja um trabalho em conjunto da família, escola, equipe terapêutica e equipe médica”, destacou Talita Pazeto. 

Shilton Santos salientou que mesmo com tantas vitórias em sua carreira como jogador de basquete, ele nunca se sentiu tão realizado quanto ser técnico de pessoas com deficiência, pois, para ele isso muda vidas. “Depois de entrar para esta área, eu descobri que tem coisa ainda mais valiosa na vida da gente, essa experiência mudou toda minha percepção, é muito importante esse cuidado, temos que nos adaptar a situação de cada um, o que nós fazemos é transformar vidas”. 

Para Luciana Brites, não existe aprendizagem sem conexão, afinal só conseguimos aprender com quem nos conectamos. “Posso dar a melhor técnica ao aluno, mas se eu não olhar para o serhumano, ele não vai aprender, independentemente de ser típico ou atípico, a alfabetização é um ponto de partida para a inclusão escolar”, destacou.  

“Imagine o impacto que podemos ter quando pararmos de olhar as impossibilidades ou limitações das pessoas com deficiência e passarmos a enxergar as possibilidades. Então, ao invés de ver as deficiências, veja as habilidades; ao invés de construir muros, abra portas; ao invés de excluir, inclua. Temos a mania de achar que todos devem ser iguais e não enxergamos as capacidades e individualidades das pessoas”, concluiu Ana Paula Albuquerque.