[...] a religião foi historicamente o instrumento mais amplo e efetivo de legitimação. Toda legitimação mantém a realidade socialmente definida. A religião legitima de modo tão eficaz porque relaciona com a realidade suprema as precárias construções da realidade erguidas pelas sociedades empíricas.

Peter Berger (1929-2017)

De acordo com Max Weber, as ideias religiosas sempre foram forças poderosas que estiveram na base da formação de qualquer sociedade. Isto pode ser observado diariamente ao vermos que os valores religiosos têm pautado debates políticos, econômicos, relações pessoais, sociais e até mesmo internacionais. Ou seja, não se pode compreender a História ou a sociedade em que vivemos desconsiderando o campo religioso.

Conscientes dessa realidade, os legisladores brasileiros, na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB 9394/96), prevê em seu Artigo 33 o ensino religioso, que “de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.

Por sua vez, o Ministério da Educação homologou em 28 de dezembro de 2018 as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Licenciatura em Ciências da Religião, conferindo a este docente a prerrogativa de lecionar esse conteúdo, como ocorre em outras áreas.

Buscando cumprir uma de suas principais vocações - a formação de professores, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, respeitando a sua tradição confessional, busca preencher essa lacuna que se cria, não somente em termos educacionais, mas na formação de profissionais que dominem uma temática inerente à história e cada vez mais relevante de compreensão da dinâmica social na contemporaneidade, contribuindo, assim, com o diálogo e a promoção de um mundo mais justo, democrático e de respeito.