Chat GPT e o Direito: evento analisa relação

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Impacto das novas tecnologias no âmbito da solução de conflitos foi discutido em palestra

10.05.2023 Universidade


Com o desenvolvimento de novas tecnologias e a cada vez mais recorrente utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA), toda a sociedade será impactada, principalmente em sua forma de produzir e trabalhar. Nesse sentido, todas as áreas de conhecimento serão impactadas com a maior utilização, por exemplo, do Chat GPT. E o Direito não ficará isolado dessa novidade.

Para discutir essa relação, o grupo de pesquisa Fundamentos do Processo Contemporâneo, da Faculdade de Direito (FDir) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), realizou uma palestra com o professor da Stanford University, Joshua Walker, um dos principais nomes no mundo na análise da IA aplicada ao Direito.

“O objetivo da palestra foi trazer aos alunos mackenzistas uma visão acerca da inteligência artificial na atualidade por parte do professor Joshua Walker, de Stanford. Ainda que o foco dele seja a área jurídica, é certo que sua análise também é interessante a toda a gama de profissionais. Por isso, também houve a participação de discentes da FCI e CCL”, disse o professor da FDir e integrante do grupo de pesquisa, Luiz Guilherme Dellore.

Durante a palestra, o professor Walker destacou que vê com bons olhos este movimento de IA como o Chat GPT e que acredita que as oportunidades para os discentes são imensas, de trabalhar em conjunto com essa tecnologia para obter resultados favoráveis para a sociedade como um todo. O docente também disse que podemos ver o uso adequado da IA como uma missão, no sentido de extrair o que de bom a ferramenta tem. E, claro, também atentar para o uso inadequado, por pessoas ruins.

O professor Walker também destacou que o Mackenzie pode ter papel fundamental nessa transformação, com a participação do Direito, Computação, Jornalismo e outras áreas. “Foi uma palestra inspiradora e otimista com o que vem por aí”, apontou o professor Dellore.

“As ferramentas de inteligência artificial já são uma realidade. Nas palavras do professor Walker, não há como fugir delas ou proibi-las, como alguns países fizeram. Há que entendê-las, aprender com elas e extrair delas o melhor”, declarou Dellore. Ele ainda menciona que o professor norte-americano ressaltou a importância de evitar que pessoas mal-intencionadas utilizem as ferramentas de forma indevida. “Debates como esses são fundamentais para que se reflita sobre isso. E o pioneirismo do Mackenzie também se verifica ao realizar essa discussão”, finalizou.

A palestra foi um evento do grupo de pesquisas em processo civil da FDir, em conjunto com outras instituições parceiras em pesquisa e eventos do grupo de pesquisas da UPM, como o Núcleo de Pesquisa do IBMEC, a PUCCampinas e o Centro de Estudos Avançados de Processo.