Agosto Dourado: HUEM reforça a importância do incentivo à amamentação

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Mês é dedicado ao incentivo, promoção, proteção e apoio à amamentação, e neste ano contará com incentivo à sustentabilidade

05.08.2020 - EM Atualidades

Comunicação - Marketing Mackenzie


De 1º a 7 de agosto acontece a semana Mundial do Aleitamento Materno. O tema de 2020 é Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Saudável. O objetivo é incentivar a amamentação também com o intuito de colaborar com o meio ambiente.

No Brasil, o mês de agosto foi instituído por lei federal como o mês do aleitamento materno. É um mês dedicado ao incentivo, promoção, proteção e apoio à amamentação. “A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Porque é um alimento natural, completo, de baixo custo, previne contra doenças, reduz o risco de alergias e não polui o planeta”, explica a supervisora de enfermagem do Banco de Leite da UTI Neonatal do HUEM, Ana Lúcia dos Anjos Lima.

“Além de o leite materno ser um alimento completo, a mama é uma embalagem não descartável, o que previne a poluição ao diminuir a geração de lixo. Um bebê mama em média mais de mil mamadeiras no primeiro ano de vida. Ao amamentar no peito existe economia de fósforo, gás, detergente, água, esponjas e escovas para lavar a mamadeira”, destaca a enfermeira responsável pelo Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), Rosane da Silva.

Além disto existem caixas de papelão produzidas para embalar as mamadeiras e leites, latas de leites artificiais e as próprias mamadeiras de plástico e seus bicos de borracha são materiais de decomposição lenta. Reduzir o consumo destes materiais impacta positivamente na redução da contaminação da água e do solo.

Algumas mães se queixam de dor ao amamentar. O desconforto costuma ser causado porque a boca do bebê está mal encaixada no peito da mãe ou a posição pode não estar correta. “É importante não desistir, insistir, procurar ajuda e apoio de um profissional de saúde. Só tem vantagens”, afirma Ana Lúcia.

Suelen Aparecida, 36 anos, ganhou gêmeos no HUEM no dia 12 de junho. Vitor e Lorenzo nasceram prematuros, com 33 semanas de gestação e por isto precisaram ficar na UTI até ganharem peso.

Vitor ficou até os 23 dias de vida, mas Lorenzo nasceu com uma restrição e teve mais dificuldade para ganhar peso. Teve alta somente nesta terça-feira, 04 de agosto, após 53 dias na UTI. “Foi uma vitória a cada dia, a cada entrada na porta da UTI ao ver o peso dele só aumentando, vi o quanto era importante o leite materno para a vida deles”, desabafou a mãe.

“Enquanto eu puder e tiver para o sustento dos dois eu vou amamentar. É um presente de Deus, uma felicidade maravilhosa poder fazer isso pelos meus filhos”, ressaltou Suelen.

De acordo com a nutricionista do Banco de Leite do HUEM, Cristina Techy Roth Stefanski, leite humano é inquestionavelmente o alimento mais adequado para o bebê e deve ser exclusivo até o 6º mês. “A composição é elaborada para fornecer a energia e os nutrientes necessários nas quantidades adequadas, contendo fatores que fornecem proteção contra certas infecções bacterianas e diarreia”, ressalta.

Benefícios

Segundo Cristina, o leite humano possui benefícios de ordem nutricional, pois contém vitaminas, minerais como cálcio, ferro, fósforo, sódio, açúcar, proteínas, gordura e água na quantidade certa para o bebê, além de ser de fácil digestão e benefícios imunológicos, já que imuniza o bebê contra resfriados, gripes, pneumonias, otite, doenças de pele, cólera e reduz risco de alergias.

 “Também intensifica o vínculo afetivo entre mãe e filho, o que ajuda no desenvolvimento das habilidades psicomotoras e da inteligência, além do benefício em relação ao custo, já que o aleitamento materno não onera as despesas”,acrescenta a nutricionista.

O aleitamento também traz vantagens para a mãe, pois ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, o que reduz o risco de hemorragia, auxilia na redução do peso, diminui as perdas de ferro, reduz o risco de câncer de mama e de ovário e reduz as chances de depressão pós-parto. “Pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que crianças amamentadas necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos e situações estressantes”, salienta Cristina.

A atendente Suelen Camila, 31 anos, ganhou o Theo no dia 26 de julho, no HUEM. Ela pretende amamentar por tempo indeterminado. “Contei com o apoio da equipe do Hospital para ele pegar o peito. Já tenho uma filha de 12 anos então eu já tinha uma noção de como era. Momento único entre mãe e filho. Um momento só nosso. Melhor sensação do mundo”, descreveu.

Mães que amamentam e têm excedente de leite podem doar para o Banco de Leite Humano do HUEM. A doação pode salvar vidas e auxiliar na recuperação de recém-nascidos que precisam ficar na UTI. Entre janeiro e junho de 2020 foram coletados mais de 1.000 litros de leite humano no Banco do HUEM.

Para doar o leite excedente não é preciso sequer sair de casa. Equipes do hospital realizam visitas semanais por todos os bairros da cidade. Nas visitas, fazem orientações, entregam os frascos esterilizados e na semana seguinte coletam o leite armazenado.

As interessadas em colaborar devem ligar para o telefone (41) 3240-5117 para fazer o cadastro e agendar a coleta do leite. Os frascos coletados são testados e os que são considerados impróprios (cheiro de cigarro, azedo, com cabelo, etc.) são descartados.