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Hospital Evangélico Mackenzie incentiva doação de sangue para salvar vidas

Hospital Evangélico Mackenzie incentiva doação de sangue para salvar vidas

profissional de laboratório com jaleco branco com símbolo do Mackenzie em vermelho, manipulando uma pipeta de laboratório

03.02.2021 - EM Saúde e Bem-Estar

Coordenação

"Podem doar pessoas que estiverem bem de saúde, com mais de 51 quilos e que tenham entre 18 e 59 anos"

O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) solicita a colaboração da sociedade para aumentar os estoques do banco de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), que fornece as bolsas de sangue para mais de 300 hospitais do Paraná.

A doação é o único modo de salvar milhares de vidas, já que não existe substituto para o sangue. Quem tiver interesse em doar deve agendar um horário no site www.saude.pr.gov.br. Todas as pessoas que estiverem bem de saúde, com mais de 51 quilos e que tenham entre 18 e 59 anos podem doar.

Demanda

O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie recebe, em média, 700 solicitações mensais para transfusões de sangue, entre urgentes e reservas para cirurgia. Nem todas acabam precisando de bolsas, o que deixa a média em 400 transfusões por mês. Mais de 1.000 bolsas são utilizadas para atender esta demanda mensal.

Em dezembro de 2020, foram 681 solicitações e 486 transfusões realizadas para as quais foram necessárias 1.050 bolsas. Com os estoques baixos, alguns pacientes precisam aguardar para fazer a transfusão, devido à falta de hemocomponentes.

De acordo com a supervisora da Agência Transfusional do HUEM, Maria Izabel Bazievicz, “algumas vezes, o paciente pode apresentar alguma particularidade que ocasiona atraso na transfusão, pois precisamos buscar por bolsas adequadas, porém, a maioria dos casos de espera transfusional é por falta de hemocomponentes”, explica.

A maior parte das pessoas que necessita das transfusões de sangue são pacientes com doenças hematológicas, oncológicas e gastrointestinais. “Nossa instituição recebe muitos pacientes de alta complexidade e, para que possamos continuar a desempenhar o nosso trabalho de forma eficaz e satisfatória, precisamos que as pessoas nos ajudem e abracem esta causa da doação de sangue”, destaca Maria Izabel, que é biomédica e pós-graduada em Hematologia e Banco de Sangue.

Apelo

André Francisco de Luma Piber Neto, 16 anos, é paciente do HUEM há cinco meses. Ele foi diagnosticado com linfoma de burkitt, que é um câncer no sistema linfático. Ele já fez nove sessões de quimioterapia e, durante o mês de janeiro, esteve 18 dias internado.

Devido a reações da quimioterapia, André ficou debilitado e precisou ser transferido para a UTI. “Foram dois dias na UTI e o que me salvou foram as transfusões de plaquetas e hemoglobina. Se não fossem essas bolsas, eu poderia não estar aqui”, conta ele.

Durante uma das transfusões, ele teve uma reação alérgica e uma bolsa inteira de sangue foi perdida. “Para vocês verem como é importante doar sangue, pois além do estoque ser pouco, infelizmente, podem haver intercorrências e os componentes serem perdidos”, ressalta.

André reforça o pedido para quem puder fazer doações. “Após a descoberta da doença, muitos familiares meus começaram a doar sangue. Então, peço a quem possa fazer uma doação, que faça, para salvar a vida de uma pessoa, da mesma forma que salvou a minha vida”, enfatiza ele.