Pacientes, familiares e colaboradores do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) tiveram uma manhã especial nesta quarta-feira, 24 de maio. A Orquestra de Câmara de Curitiba, sob a direção musical de Dan Tolomony, transformou a rotina do local ao realizar uma performance de músicas clássicas e populares na capela do Hospital.

O diretor-geral do HUEM, Tiago Tormen, acompanhou a performance e destacou a importância da música como ferramenta terapêutica. O apoio a iniciativas como essa reforça o compromisso da instituição em oferecer um atendimento integral e humanizado aos pacientes.

"O Hospital é um ecossistema, com milhares de pessoas aqui todos os dias, incluindo pacientes que ficam longos períodos internados. Portanto, esses momentos de desconexão com a realidade externa têm um impacto significativo nos pacientes", explicou Tormen.

A iniciativa faz parte do Programa Música pela Vida, da Camerata Antiqua de Curitiba. Desde 1990, a orquestra mantida pela Prefeitura de Curitiba leva música clássica a hospitais, asilos, orfanatos e presídios. A apresentação no HUEM abriu a temporada 2023 - até o fim do ano serão mais três apresentações, em outras instituições.

Na capela do HUEM, a orquestra encantou o público com um repertório diversificado, incluindo obras de compositores renomados como Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, Wolfgang Amadeus Mozart e Alberto Nepomuceno.

Emoção

O concerto proporcionou momentos de emoção e alegria ao ambiente hospitalar. Vanda Klein acompanhou o marido, Inácio, na apresentação. "Eu estava tensa e, de longe, ouvi a Primavera de Vivaldi me chamando para vir aqui. Foi maravilhoso o efeito que teve em mim, algo divino", disse ela.
A plateia também teve a oportunidade de apreciar músicas populares dos Beatles, de Pixinguinha, Tom Jobim e Zequinha de Abreu, além de peças do compositor argentino Astor Piazzolla. A interpretação da música "Carinhoso", de Pixinguinha, animou o público, que se uniu ao grupo entoando a canção.

Érica da Cruz está com o filho Enry, de 1 ano, internado no hospital há um mês. Ela assistiu a uma orquestra pela primeira vez. "Os dias parecem não passar, mas a apresentação foi muito boa e ajudou a me distrair dos problemas e da rotina difícil", comentou.

Para o diretor musical Dan Tolomony, projetos como esse não trazem benefícios apenas para aqueles que estão assistindo. "Ao entrarmos nesse ambiente, buscamos proporcionar um respiro na rotina desses profissionais e pacientes. Portanto, é extremamente importante sairmos do nosso espaço para, quem sabe, tornar melhor o dia de alguém", afirmou.