05.05.2020
Algumas ações simples, quando inseridas no cotidiano, podem salvar vidas. Atualmente, por conta da pandemia do novo coronavírus, a máxima de lavar as mãos está em destaque e relevância, mas essa é uma prática comum e necessária para os profissionais que atuam na área da saúde. Esse ato é tão importante que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o dia 05 de maio, hoje, como o Dia Mundial de Higiene das Mãos.
Para entender um pouco mais sobre a relevância deste ato, conversamos com Elenice Brandão Almeida da Cunha, enfermeira coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde do Hospital Evangélico Dr. e Sra. Goldsby King Mackenzie. Elenice é especialista em Gestão em Saúde e Controle de Infecção e também em Infectologia.
De acordo com ela, “em um ambiente hospitalar, a disseminação de doenças se dá tanto pelo contato que temos diretamente com o paciente quanto através do contato indireto por meio de superfícies, mobiliários e objetos próximos a ele sem a devida higienização das mãos”. Assim, essa prática é fundamental na prevenção e controle de infecções para uma assistência segura, visando a interrupção da transmissão de microrganismos através do contato com pacientes.
Medidas especiais em tempos de covid-19
Nesse momento especial em que passamos pela pandemia, Elenice conta que no Hospital em que atua, em Dourados (MS), foi feita uma força tarefa, composta por equipe multidisciplinar da instituição, que realizou planejamento e elaboração de um manual de controle interno de infecção por covid-19. Além disso, montaram uma estrutura separada para atendimento de todos pacientes com sintomas respiratórios, chamado de Isolamento Respiratório, que funciona com uma equipe de trabalho multidisciplinar exclusiva e capacitada para tal atendimento.
A especialista enfatiza que como a transmissão da covid-19 ocorre pelo ar, através de espirro, tosse e gotículas de salivas e contato pessoal, “a frequente higienização das mãos é primordial para prevenir seu contágio. Sendo importante este hábito de lavar as mãos ou o uso de álcool em gel por toda população e profissionais de saúde, além, claro, do uso de máscaras”, completa.
Para manter este hábito de higienização das mãos sempre em voga, o Hospital Evangélico Dr. e Sra. Goldsby King Mackenzie divulgou um vídeo para os profissionais da saúde, lembrando cinco momentos essenciais para esse ato.
Antes de contato com o paciente - O colaborador deve higienizar as mãos ao entrar no quarto do paciente e antes de apertar suas mãos, aferir seus sinais vitais e realizar o exame físico, bem como antes de encaminhar o paciente ao banho ou higiene corporal.
Antes de realizar procedimentos limpos/assépticos - O colaborador deve higienizar as mãos antes de realizar procedimentos básicos como: higiene oral, aspiração da secreção, curativos, administração de medicamentos por todas as vias, coleta de amostras para exames laboratoriais, punção venosa e remoção de tubos, entre outros.
Após riscos de exposição a fluídos corporais - O colaborador também deve efetuar a higiene após coleta e manipulação de qualquer amostra biológica, descarte de resíduos, entre outros.
Após contato com o paciente - A higienização das mãos deve ser realizada após qualquer procedimento descrito acima, como aperto de mãos, encaminhamento ao banho no chuveiro ou no leito, aplicação de massagens e verificação de sinais vitais.
Após contato com as áreas próximas ao paciente - O profissional deve efetuar a higiene das mãos mesmo que tenha tocado apenas as superfícies e mobília, como limpeza e arrumação da mesa de cabeceira e objetos próximos ao paciente, manipulação de equipamentos, assim como ao sair do ambiente de assistência.
Confira o vídeo abaixo para saber mais: