06.11.2023 Universidade
A egressa do Projeto Inclusão Social de Residentes do Sistema Carcerário no Ensino Superior, Desireè Mendes, foi convocada pelo Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATE) da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho da Prefeitura de São Paulo para ser professora de um curso do Programa Operação Trabalho (POT). Mendes é formada em Gastronomia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), beneficiada com uma bolsa integral.
“Dificilmente um egresso do sistema prisional recebe uma oportunidade real de ressocialização. E, na maioria das vezes acabamos por acreditar nessa incapacidade de retomada de vida. A oportunidade de concluir o ensino superior transforma nosso olhar sobre nós mesmos, nos reposiciona. Educação transforma”, afirma a egressa.
Desireè diz que ficou emocionada quando recebeu o convite para ensinar. “Precisamos ser mensageiros de boas novas, aprendi para ensinar. Compartilhar minha história e aquilo que aprendi traz sentido a minha vida, ressignifica minha história”.
Ela se diz muito grata ao Mackenzie pela oportunidade de fazer parte do projeto e destaca a importância que o período de estudos teve em sua vida, no curso do POT, Desireè ministrará aulas de confeitaria e panificação e espera que as aulas tenham um impacto na vida das pessoas e que possam ter um efeito social muito grande.
O Projeto Inclusão Social de Residentes do Sistema Carcerário no Ensino Superior
É uma iniciativa da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), em cooperação com a Fundação Professor Dr. Manoel Pedro Pimentel (FUNAP) e as Unidades Prisionais, que também envolve a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Trata-se de um trabalho colaborativo inovador, integrando áreas do conhecimento de forma interdisciplinar, com a participação de professores, mestrandos, doutorandos da UPM, e apoio da Chancelaria, que interagem e se complementam em uma missão única que é a de propiciar o acesso a direitos, resgatar a responsabilidade aos deveres, o respeito aos direitos sociais, civis e políticos, considerados atos fundamentais para o exercício de cidadania, visando promover condições para a (re)inclusão social.
“Muitas vezes nossas alunas nos perguntam: 'Por que este projeto professora?', 'Porque eu?'. A resposta que nossa equipe oferece é: “Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade, como está em Salmos 100:5", diz a professora Ana Lúcia Vasconcelos, responsável pelo projeto na UPM.