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Golpes do PIX: crime em ascensão exige atenção redobrada

Especialista detalha como se proteger e o que fazer caso seja vítima

23.07.202414h27 Comunicação - Marketing Mackenzie

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O PIX, sistema de pagamento instantâneo, caiu nas graças dos brasileiros, mas, também, atraiu a atenção de criminosos especializados em golpes on-line. O professor da Faculdade de Computação e Informática (FCI) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e coordenador do Laboratório de Segurança Cibernética CYBERSEC LAB, Rodrigo Silva, traçou um panorama preocupante do aumento das fraudes e ofereceu dicas valiosas para que os usuários se protejam. 

"O PIX, em especial, tornou-se muito popular com a transferência de dinheiro de forma instantânea. E isto chama a atenção de criminosos que sabem da dificuldade de reversão das transações e bloqueios de contas pelas instituições financeiras no Brasil", destacou o professor.  

Um dos caminhos que os infratores utilizam para encontrar suas vítimas, é por meio do vazamento de dados efetuados pelas empresas, o que facilita na abordagem e no primeiro contato com a vítima do delito.    

Feito o contato, os criminosos usam diversas artimanhas para praticar o golpe do PIX, desde o envio de links até a engenharia social, onde se passam por funcionários dos bancos.    

“Em geral, eles utilizam técnicas de phishing, via link, através de mensagens de textos no e-mail, SMS, WhatsApp ou qualquer outro meio de comunicação digital. Além disso, eles também costumam coletar informações suficientemente críveis para se passarem por pessoas de confiança. E, com isto, enganar uma pessoa para fazê-la realizar uma transferência no PIX”, completou Silva.   

O professor ainda ressaltou que não se pode descartar a possibilidade de fraudes e golpes serem cometidos por pessoas internas, funcionários das instituições financeiras e empresas de outros segmentos que sejam responsáveis pela governança dos dados de seus clientes.   

Para prevenção deste tipo de golpe, o especialista recomenda que os usuários busquem evitar clicar em links suspeitos; desconfiar de arquivos anexados; nunca fornecer dados a estranhos; verificar a autenticidade do aplicativo do banco; reduzir os limites do PIX; e acompanhar extratos e notificações.    

Silva reforçou que a responsabilidade não é apenas do usuário, mas também das instituições financeiras. "Os bancos precisam investir em tecnologias robustas de segurança cibernética e em programas de educação financeira para seus clientes”.   

Por fim, o professor indicou que assim que a vítima perceber a extorsão, deve agir rapidamente para conter quaisquer espécies de fraude e prejuízo. Logo após, pode notificar a sua instituição financeira e, se for necessário, solicitar o bloqueio do acesso às contas pelo aplicativo. Em casos mais sérios, o usuário pode notificar o Banco Central, se for necessário, e fazer um boletim de ocorrência.