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Interfaces da Cultura: discussão entre interdisciplinaridade e sustentabilidade

Professores do Mackenzie discutem sobre a temática na Computação, Engenharia e Administração 

28.10.202413h48 Comunicação - Marketing Mackenzie

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Na última semana, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi palco de mais uma edição do Interfaces da Cultura. O evento, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC) e pela Editora Mackenzie, tem como objetivo oferecer um ambiente seguro e confortável para a troca de diálogos entre docentes, discentes e o público em geral. Na conversa desta edição, Fábio Lopes, docente da Faculdade de Computação e Informática (FCI); Magda Duro, docente da Escola de Engenharia (EE); e Marta Sambiase, docente do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), discutiram "O Papel da Transição Ecológica/Sustentabilidade", trazendo diferentes perspectivas sobre como aplicar a sustentabilidade em diversas áreas do mercado de trabalho. 

Mediado por Ivo Pons, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), o evento abordou a adoção da sustentabilidade em setores distintos, como na engenharia, com a criação de materiais sustentáveis à base de bambu; no ramo da tecnologia, com o desenvolvimento de aplicativos que auxiliam na detecção de catástrofes climáticas; e no mercado da administração, mostrando como as empresas podem promover hábitos sustentáveis. 

Durante a palestra, os convidados exploraram diversas pautas importantes. Marta Sambiase iniciou falando sobre sua área de estudo e como a sustentabilidade se cruzou com sua trajetória. Ela relatou sua vivência em questões de agricultura, degradação ambiental e outros problemas ambientais. Após 16 anos atuando no mundo executivo, sua transição para o meio acadêmico despertou sua percepção sobre a sustentabilidade, que era um tema amplamente discutido na Academia. Isso a motivou a abordar essa temática em seu mestrado. 

Ela mencionou que, apesar de enfrentar desafios e ouvir pessoas dizendo que o tema era sem sentido, enxergava a sustentabilidade como algo de extrema importância. "Como os países vão adotar um desenvolvimento sustentável se as empresas públicas e privadas não adotarem políticas de sustentabilidade?", questionou. Após provar a relevância dessa pauta para o mundo empresarial, Sambiase afirmou que agora os alunos começaram a ter aulas sobre Gestão Estratégica para Sustentabilidade. 

Fábio Lopes compartilhou que sua conexão com a sustentabilidade surgiu de um antigo trabalho na área da saúde, que o levou a escrever seu mestrado sobre Saúde Ambiental, focando na avaliação e controle dos impactos do meio ambiente na saúde humana. Ele destacou que a computação desempenha um papel fundamental na resolução de problemas, permitindo a coleta e análise de dados que ajudam os gestores a medir e simular cenários catastróficos. "As ferramentas computacionais me ajudam a entender como os fenômenos se comportam", afirmou. 

A professora Magda Duro, por sua vez, falou sobre sua entrada na engenharia como uma oportunidade de transformação. Ao perceber o impacto da engenharia e das matérias-primas utilizadas, começou a buscar opções sustentáveis. Um exemplo que citou foi o bambu, um material que considera excelente por ser resistente, sustentável e versátil, podendo ser usado em diversos ramos, como na confecção de próteses, pavimentação de áreas e utensílios de cozinha. 

Por fim, foi ressaltada a importância de abordar a sustentabilidade em diferentes áreas e disciplinas. As questões ambientais tornaram-se um problema coletivo e estão se intensificando de forma abrupta nos últimos anos. Postergar ações diante de situações já visíveis, como ondas de calor extremas, chuvas devastadoras e estações do ano indefinidas, é arriscado.