Maio Vermelho: como diagnosticar e tratar a hepatite

20.05.202410h00 Comunicação - Marketing Mackenzie

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A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ter várias causas: infecciosa, medicamentosa e autoimune. As hepatites causadas por vírus são as mais comuns, e as classificações da doença são: hepatite A, hepatite B, hepatite C, hepatite D e hepatite E.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no período de 2000 a 2022, foram diagnosticados 750.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Desse total, o maior percentual é de hepatite C (39,8%), seguido de hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%). A campanha "Maio Vermelho", em dedicação à conscientização do combate à hepatite, promove a prevenção e encoraja as pessoas a se testarem, uma vez que a doença afeta milhões em todo o mundo.

Andrea Rossoni, infectopediatra e professora de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), salienta que “a hepatite A, uma hepatite aguda, quando evolui para forma fulminante é uma das mais temidas. Em relação às hepatites crônicas, como a B e C, podem levar à cirrose e ao câncer de fígado. Os primeiros sinais incluem fadiga, dores abdominais, náuseas, vômitos, icterícia (pele amarelada) e colúria (urina escura)”, afirma.

As formas crônicas da doença, podem ter uma apresentação silenciosa, assim muitos não sabem que estão com o vírus, por isso, diagnosticar e tratar a enfermidade é fundamental para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

Como tratar e se prevenir

O tratamento varia conforme o tipo de hepatite. “A hepatite A geralmente resolve-se sozinha, enquanto B e C podem necessitar de medicação antiviral. A prevenção inclui vacinação, para tipos A e B, além das práticas de higiene rigorosas, e cuidados para evitar a transmissão de sangue ou fluidos corporais contaminados”, explica Rossoni.

Diagnóstico

O diagnóstico de hepatite é realizado por meio de exames de sangue que detectam marcadores virais específicos para cada tipo. Outros testes incluem exames de função hepática, ultrassonografia de abdome e elastografia para avaliar o dano ao fígado.

Grupos suscetíveis

Entre os grupos mais suscetíveis à exposição ao vírus estão usuários de drogas injetáveis, pessoas com múltiplos parceiros sexuais, profissionais da saúde devido à exposição ao sangue e pessoas em áreas com saneamento inadequado, no caso das hepatites A e E.

Brasil

No Brasil, a situação é desafiadora com prevalências significativas de hepatite B e C. “Atualmente, Curitiba está passando por um surto de hepatite A. Nos primeiros meses deste ano, já houve mais casos que o total dos ocorridos nos últimos 10 anos”, enfatiza a infectopediatra. Localizada na região Sul do país, a cidade registrou 150 casos confirmados de hepatite A até abril de 2024, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município. A professora salienta que, “os desafios incluem a necessidade de ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, especialmente em regiões remotas”, enfatiza.