“Nos meios digitais você está permanentemente exposto, a pessoa pode estar do outro lado do mundo e ver suas ações, como você se posiciona ou deixar de se posicionar. Hoje, o meio digital é absolutamente essencial para o seu sucesso ou seu fracasso; para empresas e pessoas”. A reflexão é de Paulo Silvestre, jornalista professor de mídia digitais de cursos de pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e do Istituto Europeo di Design, que palestrou durante a Recepção aos alunos Ingressantes do 1º semestre de 2019 dos cursos de Especialização da UPM.

A apresentação “Como usar os meios digitais para construir sua reputação”, que ocorreu no campus Higienópolis do Mackenzie e teve transmissão pela internet para os alunos dos cursos de EaD, trouxe insights sobre o uso adequado das redes e suas ferramentas, bem como um pouco da experiência de Silvestre, que foi um dos responsáveis, na década de 90, pelo início da migração do jornal Folha de S.Paulo para a internet.

Ocupem os espaços

Silvestre comentou que há muito conteúdo sem qualidade na internet e que isso se deve não só às pessoas que produzem um material ruim, mas também por certa negligência dos profissionais competentes de cada área. “Como profissional, vocês precisam ocupar esse espaço que é de vocês, caso contrário um oportunista o fará. Uma das maneiras mais adequada de ter relevância nas redes é produzindo conteúdo de qualidade e relevância”, enfatizou.

O jornalista ainda pontuou que, ao se ter bom senso nas postagens, sejam pessoais ou profissionais, 95% dos problemas deixam de existir. No entanto, ele afirmou a crise é inevitável. “Você pode tomar atitudes para mitigar esses problemas, mas hora ou outra eles ocorrerão”. O especialista colocou que qualquer coisa que você fizer na rede vai aparecer muito mais do que se você fizesse uma campanha de marketing convencional, por exemplo. “Você precisa conhecer seu público e verificar se os valores que sua empresa tem estão aliados com os valores do seu público”.

Sobre gerenciar crises, Silvestre aconselha que a regra número zero é acolher o problema e verificar se ele realmente existe ou se é um mal-entendido que está viralizando. “Se for algo falso, é preciso lidar e explicar de maneira bem consistente, sem deixar espaço para dúvidas. Se realmente existir algo real, é preciso resolver o problema, documentar todo o processo da resolução e apresentar isso na rede. Isso é rápido, existem crises que duram um dia, e podem ser devastadoras. O fato dela ser rápida não quer dizer que seja simples”, finalizou.

Boas-vindas

Marco Tullio de Castro Vasconcelos, vice-reitor da UPM, recepcionou os ingressantes em nome do reitor da Universidade, Benedito Guimarães Aguiar Neto. Durante as boas-vindas, Vasconcelos parabenizou os novos alunos e disse que nossos tempos necessitam de pessoas que possam respeitar e cumprir os compromissos assumidos. “Queremos que vocês mudem o nosso país e se esforcem para construir um local mais ético, honesto e produtivo”, completou.

Dentre as autoridades mackenzistas presentes no evento estiveram: Jorge Alexandre Onoda Pessanha, pró-reitor de Extensão e Educação Continuada da UPM, que realizou o fechamento do evento; Natacha Bertoia da Silva, coordenadora da Pró-Reitoria de Extensão e Educação Continuada, responsável pela moderação da sessão de perguntas a Silvestre; e o reverendo Marcelo Coelho Almeida, que realizou o momento confessional do evento representando Davi Charles Gomes, chanceler do Mackenzie.

Depoimentos

Sandro Rodrigues Spinoli, pós-graduando em Letras e Literatura, conta que está fazendo sua primeira especialização e que escolheu o Mackenzie por orientação de professores. "Tive recomendação e eu já conhecia um aluno que está fazendo a mesma pós aqui e ele disse que é ótima". Ele busca aperfeiçoar seu lado profissional para atuar nas melhores escolas, "o currículo com o ensino do Mackenzie vai me dar essa oportunidade", completa ele.

Já Dulcelene de Assunção Dodô Silva está iniciando sua pós-graduação em Gestão de Negócios e diz que é sua primeira vez no Mackenzie. "Escolhi pela reputação que já tem no mercado, é também uma indicação da empresa que eu trabalho, que tem uma parceria com a Universidade". Ela acredita que a formação vem agregar conhecimento e afirma que é preciso "estar ativo no mercado, interagindo com as pessoas, ter um networking bastante interessante. Eu acho que eu só tenho a crescer, profissionalmente e como pessoa", finaliza ela.