13.11.2024 Economia
O VIII Fórum de Liberdade Econômica, promovido pelo Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (MackLiber) e pelo Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA), da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), teve início na última terça-feira, 12 de novembro, no auditório MackGraphe.
Segundo o coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, professor Vladimir Maciel, o objetivo do Fórum é estabelecer discussões sob a perspectiva do liberalismo e da livre iniciativa para “debater cientificamente o Brasil e pensar sobre o mundo, em um espaço que a Universidade abre, com a capacidade de dialogar além dos seus muros”, disse.
Para o diretor do CCSA, Cláudio Parisi, o evento é “uma proposta para ajudar país avançar na discussão sobre como melhorar o ambiente de negócios, pois o Brasil ainda é muito carente na área de liberdade econômica e, de forma objetiva, o Mackenzie tem muito a contribuir na busca de soluções”, afirma ele.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Cleverson Pereira de Almeida, que está no exercício da reitoria, disse que “um evento como este, que chega à oitava edição ininterrupta, tem muita potência”, em especial pelo comprometimento do grupo de pessoas responsáveis para que isso aconteça. “As reflexões e propostas de ação que têm sido feitas, seguramente, são relevantes e necessárias”, pontuou.
A palestra de abertura teve como tema Reforma Administrativa no Brasil, com o presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e diretor executivo do Instituto Millenium, Wagner Lenhart; o presidente do Instituto Mises-Brasil e comentarista na CNN, Hélio Beltrão; e o economista da FecomercioSP, André Sacconato.
“Acabamos não explorando a relação entre reforma administrativa e liberdade. Não existe liberdade sem igualdade de condições fiscais e, justamente, a reforma administrativa vai favorecer os mais pobres, principais prejudicados por um Estado que não presta serviço”, disse Sacconato sobre o porquê realizar uma reforma neste momento.
Para Beltrão, a reforma se faz urgente por dois motivos: a desorganização das contas públicas, que exige corte de despesas, porém o que ocorre é o aumento de impostos, e a falta de foco no cidadão, pois “a lógica do sistema público não é para o cidadão”.
De acordo com Lenhart, muitas pessoas não percebem a urgência de enfrentar o tema, pois o modelo de serviço público, instituído na década de 80, não é capaz de responder às necessidades e demandas da sociedade brasileira atual. “É importante que a gente consiga construir uma reforma administrativa que traga mais agilidade, flexibilidade e capacidade de entrega para o governo”, disse.
A segunda palestra da noite foi Mercado Chinês em Transformação: Empreendedorismo e o Futuro dos Negócios da Nova Economia, com o presidente da IbraChina, Thomas Law, e o CEO do Lide China, José Ricardo Luiz Jr., e moderação feita pela professora Roberta Muramatsu.
O VIII Fórum de Liberdade Econômica continua nesta quarta-feira, 13 de novembro, com a apresentação do Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual 2024 (IMLEE).