27.10.2023
Na última quarta-feira, 25 de outubro, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por meio do curso de Gastronomia, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), foi sede da Settimana della Cucina Regionale Italiana, um dos maiores festivais de cozinha italiana da cidade de São Paulo, que visa reforçar ingredientes, diversidade e riqueza das raízes culinárias do país.
De acordo com a coordenadora do curso de Gastronomia, Camila Landi, anualmente a Settimana della Cucina Italiana se organiza para que restaurantes pré-selecionados recebam chefs das 20 regiões da Itália, e montem um cardápio específico para apresentar sua região de origem. “É um momento muito importante sediarmos a abertura desse festival. Recebemos o convite da organização do evento e do Consulado italiano. Com certeza é um prazer enorme e um marco para a Gastronomia Mackenzie”, afirmou Landi.
Nesta edição, o Mackenzie recebeu dois grandes chefs italianos: Claudio Rocchi e Paolo Bertholier, que ensinaram a respeito dos Queijos Italianos, com uso de Dois Tipos Diferentes no Preparo de Receitas Clássicas. Na ocasião, os pratos cozinhados foram o Mezze Maniche Alla Gricia, com queijo Pecorino; e o Casarecce Com Asparagi, com queijo Fontina.
Ao longo do evento, o chef Paolo Bertholier contextualizou sobre o processo de produção e a história de ambos os queijos. Segundo ele, como toda receita italiana, o queijo Fontina tem várias versões, sendo a mais popular de 1714, sobre uma família de sobrenome Fontina, a primeira a registrá-lo no Vale de Aosta, uma região do noroeste da Itália que faz fronteira com a França e a Suíça.
“O Pecorino é o queijo mais antigo da Itália. Ele foi feito para ser consumido pelos legionários romanos, e deveria durar muito tempo para suprir a todos eles. Como na região do Lazio não tinham muitas cabras, os romanos pediram cabras a Sardenha. Mas, o povo sardo também começou a produzir o queijo, e pediram o registro DOP. Por isso, existe o Pecorino Romano e o Pecorino Sardo”, explicou Bertholier.
Para o chef Rocchi, esses queijos são tipicamente conhecidos para fazer pratos que cozinhamos hoje. “São ingredientes, de nível elevadíssimos, que não podem faltar nessas receitas. Nós trouxemos os queijos de Roma e do Vale de Aosta, e não são facilmente encontrados, nem na Itália. Poucos ingredientes, e de boa qualidade, é o que faz a excelência de um prato”, detalhou.
Ele ainda compartilhou acreditar que os participantes do evento são pessoas especiais porque já escolheram o que farão no futuro. "Quem, como eu, já está com uma certa idade idade, devemos ajudá-los a realizar seus projetos e, portanto, para ajudá-los também precisamos da matéria-prima de qualidade. De minha parte, é só felicidade estar aqui esta noite", concluiu Bertholier.