19.07.2021 Esporte
O Nado Sincronizado é um esporte olímpico, com equipes formadas com no mínimo quatro e máximo oito atletas, que surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX. O Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) Brasília possui sua própria equipe de nado artístico, que participou de grandes competições como o Campeonato Pan-Americano de Natação Artística da União Americana de Natação (UANA) e conta com atletas na Seleção Brasileira.
As atletas mackenzistas Ana Clara Machado, 15 anos; Alice Tenório, de 14 anos; Bruna Grécia Alvarenga, de 13 anos; e Sofia Jibran, de 11 anos, são algumas das atletas da modalidade, todas apaixonadas pelo esporte que praticam. Simone Formiga é professora de Educação Física no Colégio Brasília e técnica da equipe de nado. “Quando conseguimos realizar a coreografia e apresentá-la bem, é só alegria e orgulho. É pura emoção”, expressa Alice.
O coordenador de esportes do CPM Brasília, Adailton Scander, conta que a modalidade ajuda no desenvolvimento do corpo e da mente. Segundo ele, no aspecto emocional o esporte desenvolve o respeito ao próximo, resiliência, objetividade e reforço à autoestima. “Se fizermos uma reflexão maior ainda, a formação do caráter do ser humano passa pelo esporte ao ensinar regras e práticas que serão usadas no dia a dia”, acrescenta Adailton.
“No aspecto físico, o benefício à saúde, vida saudável, imunidade são alguns dos resultados de quem pratica atividade física com certa regularidade”, conta o coordenador.
A modalidade para as meninas também é diversão, cada uma tem sua parte preferida na natação artística. Os treinos na água são os favoritos de Bruna. Sofia tem grande apego com a equipe da qual participa. Ana Clara ama o fato de poder trabalhar com a música e passar uma emoção através dela. Já a melhor parte, para Alice, são as coreografias, “o sentimento de apresentar (uma coreografia) para mim é como se o mundo a minha volta parasse e apenas eu estivesse me movimentando", confessa.
Treinos durante a pandemia
Com todos os protocolos de segurança devido à pandemia de Covid-19, os treinos da equipe de nado sincronizado não foram interrompidos, mas sim reinventados. Por mais de um ano, as atletas fizeram treinamentos on-line fora da piscina, onde foram trabalhados alongamentos, aquecimentos, zala (preparação física específica para trabalhar a musculatura, flexibilidade, postura do nado artístico). Simone explica que trabalhou com as meninas o que era preciso melhorar.
A treinadora ainda trouxe, para os encontros, profissionais para darem aulas de dança on-line. Além disso, as meninas aprenderam a fazer automaquiagem. Seletivas e competições on-line também aconteceram durante esse período. “Fui utilizando do tempo que a gente tinha fora d’ água para trabalhar esses detalhes que, talvez, em tempos normais, não conseguiríamos”, relata a técnica.
Planos para o futuro
A paixão pelo esporte realizado na água é um forte ponto em comum entre as quatro mackenzistas. As meninas, muito determinadas, têm treinamento intenso de segunda à sábado e, apesar de jovens, elas já fazem ideia de até onde querem chegar praticando o nado artístico.
Alice, que já faz parte da Seleção Brasileira, diz que um de seus objetivos é fazer a diferença. “Essa é uma das coisas que me alegra no nado. Eu posso fazer tantas coisas para ajudar as demais atletas da equipe, posso incentivar outras pessoas para o esporte em si ou, no mínimo, fazer uma pessoa sorrir enquanto estou na água apresentando uma coreografia”, relatou.
“Estava conversando com a professora Simone em relação ao tipo de pessoa e atleta que quero ser e ela me disse para eu ser sempre uma boa influência e ser a diferença”, conta Alice.
Já Ana Clara, que também faz parte da Seleção, diz que pretende continuar treinando, talvez até chegar a uma olimpíada. “Ainda tenho muita experiência para acumular”, afirma. E os planos de Sofia não são diferentes. Com apenas 11 anos, a estudante já sonha alto e também almeja ir para os jogos olímpicos.
Apoio da Instituição
Para as nadadoras, ter o apoio do Mackenzie é essencial, e para a Instituição, tê-las como alunas é motivo de orgulho. “Como a disciplina, foco e competência delas foram muito grandes, o resultado não poderia ser outro. Não só para o CPM Brasília, mas para todo o Mackenzie é muito gratificante sermos representados por elas no Brasil e no exterior. Acredito que os voos serão mais altos ainda”, declara o coordenador de esportes.
Para Ana Clara, ter o auxílio de uma instituição que apoia o esporte é fundamental. “O Mackenzie é uma instituição importante, que valoriza o esporte em geral, não só o nado. Isso é essencial para conseguirmos sobreviver. Então, a gente precisa desse apoio”.
A família de Sofia considera muito importante o fato de educar as crianças para o esporte, sendo esse um grande diferencial, por isso escolheram o Colégio Mackenzie. Já na opinião de Alice, estudar no CPM é um privilégio, pois ela pode praticar o esporte com o qual se identifica. Com o mesmo pensamento, Bruna enxerga e valoriza o apoio recebido e acredita que o esporte faz a diferença em sua concentração e facilita o trabalho em equipe, ajudando seu relacionamento com os amigos.
“Eu acredito muito na questão da formação do ser humano dentro do esporte, mas também acredito que em tudo precisa existir um equilíbrio e os estudos precisam estar ali, andando junto”, alega a treinadora Simone.