Novas gerações e os desafios na educação

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Ciro Aimbiré, diretor de Educação do Instituto Presbiteriano Mackenzie, palestra em aula magna de pedagogia da Universidade

30.08.2019 Instituto


No dia 27 de agosto, o Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, realizou a aula magna do curso de Pedagogia com o tema “Ser professor na Contemporaneidade e Desafios para as Futuras gerações”, que marca o início do semestre letivo. A apresentação foi ministrada por Ciro Aimbiré, diretor de Educação do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). Entre as autoridades presentes também estava o presidente do IPM, José Inácio Ramos. 

O tema apresentado faz com que os profissionais da educação pensem em dois aspectos. “Na formação/habilitação dos professores para o futuro, o que significa dizer que é imperioso olharmos com mais objetividade e cuidado, tanto para o mercado de trabalho como para o professional que ocupa esse espaço; e também na capacitação/atualização dos professores para a realidade contextual”, pontua o diretor do CEFT, Mario Sergio Batista. 

Para Ítalo Francisco Curcio, coordenador do curso de Pedagogia da UPM, também é importante que os professores universitários, que formam novos profissionais, estejam atualizados em relação à demanda da sociedade contemporânea. “Nós, mackenzistas, somos pioneiros e temos de continuar sendo. Então, quando fazemos essas aulas magnas, escolhemos temas desafiadores e vanguardistas para motivar e provocar nossos alunos a manterem-se atualizados. É esse profissional que estamos colocando no mercado de trabalho”, explica.

Novas gerações e a tecnologia 

Junto às novas gerações vem a tecnologia. Diversos comportamentos mudaram. Da mesma maneira que podemos pedir um carro por aplicativo, a educação também é alterada. “A informação chega rápido, e os alunos vêm para a sala de aula mais informados e passam a contestar o professor. Isso faz com que o profissional esteja mais preparado para ensinar”, pontua Aimbiré.

Ainda de acordo com o diretor de Educação, o grande desafio no cenário atual é sair da caixa. O professor precisa se adaptar e “entender que o mundo mudou, entender as tecnologias e o novo comportamento do ser humano. Se antes ele tinha de carregar o aluno pela mão até o aprendizado, agora ele precisa desaprender, mudar seus conceitos para conseguir fazer isso de novo, em um novo mundo e com outro comportamento”, diz.

Educação como base

Segundo dados do IBGE de 2018, mais de 2 milhões de crianças e adolescentes no Brasil estão fora da escola. Para a pró-reitora de Graduação e Assuntos Acadêmicos da UPM, Marili Moreira da Silva Vieira, o maior desafio é a educação brasileira em si, que precisa garantir professores bons dentro da sala de aula, que entendam a complexidade do que é ensinar. “Afinal, trata-se de uma profissão que lida com conhecimentos específicos das áreas do saber, conhecimentos pedagógicos, conhecimentos do outro e a capacidade e criatividade para criar um ambiente que favoreça uma aprendizagem para formar um cidadão participante, que entenda seus direitos, e exerça seus deveres”, acrescenta ela.

Como explica Aimbiré, grande parte dos egressos do curso de Pedagogia começam na educação infantil. “A base do ensino é fundamental. Essa é a grande importância de fazer com que os alunos entendam o papel do professor. É uma profissão nobre!”, diz ele.

Além disso, a pró-reitora comenta sobre a relevância de educar um aluno crítico, capaz de pensar autonomamente, alguém capaz de analisar os diferentes pontos de vistas e posições e assim tomar sua própria decisão baseada em sua análise. “E não simplesmente seguir o que os outros estão propondo. Se conseguíssemos minimamente isso, acredito que a situação do país mudaria”, finaliza ela.