UPM recebe comitiva da Pyongyang University

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Possibilidades de parcerias e pesquisas conjuntas foram pauta do encontro

19.07.2022 Parcerias


A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) recebeu, na tarde do dia 30 de junho, no campus Higienópolis, comitiva da Pyongyang University of Science and Technology, da Coreia do Norte, para discutir possíveis parcerias, áreas afins entre as duas instituições e assinatura do memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) entre as universidades.

As tratativas entre as duas instituições se intensificaram em encontro ocorrido na semana anterior, no dia 22 de junho, quando a comitiva da Pyongyang esteve no Mackenzie. O reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, recebeu a comitiva ao lado do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPG), professor Felipe Chiarello. Ainda participaram da primeira reunião o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), Milton Flávio Moura e o conselheiro do IPM, Nehemias Curvelo Pereira.

O reitor da Pyongyang, Lee Sung Rul, visivelmente feliz pela visita, contou que a universidade de ciência e tecnologia fica situada na capital Pyongyang, na Coreia do Norte, mas que a instituição é bipartite, administrada de forma conjunta também pela Coreia do Sul, e possui cerca de 700 alunos estudando e mais de 1.000 formados.

Ele, que é de Seul, capital da Coreia do Sul, destaca que está no cargo desde março de 2021 com um projeto sólido, apesar dos problemas que a pandemia trouxe. “Queremos crescer e expandir as parcerias de nossa universidade e o Mackenzie é um desses canais para chegarmos a mais pessoas e abençoá-las”, destaca.

O reitor Rul também pontua: “Acredito que o Brasil e a América Latina direcionarão os rumos do futuro, admiro muito o país e em especial essa universidade com tanta história. Na Pyongyang, há uma grande abertura e incentivo aos estudantes virem se aperfeiçoar no exterior, e será um prazer ter o Mackenzie como destino”.

O reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, destacou, ao longo da reunião, os pontos fortes da instituição, comentando que a universidade possui cerca de 34 mil alunos entre presenciais e EaD, e que há interesse na parceria. “Estamos abertos e queremos colaborar em pesquisa e inovação, e também na recepção e apoio no recebimento de alunos estrangeiros. Temos um programa de Letras, entre os melhores do país, em colaboração com Timor Leste para capacitar professores nesse país com uma turma de doutores”, lembra o reitor, exemplificando a atuação internacional do Mackenzie.

Vasconcelos ainda citou outros trabalhos de extensão da UPM em parceria com outras instituições, em diversas áreas, inclusive saneamento básico, populações de refugiados e carcereira. Já o professor Chiarello trouxe parcerias entre a UPM e diversas empresas e centros de pesquisa no mundo, incluindo Google, Huawei e Facebook. “Também temos dupla-titulação com instituições na Europa e EUA no Stricto Sensu, além de programas de pós-graduação muito bem avaliados no Brasil em muitas áreas”, diz.

Por fim, o presidente do IPM, Milton Flávio Moura, ressaltou a alegria em receber a comitiva coreana e lembrou que o Mackenzie possui o Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação (FMPI), conhecido como MackPesquisa, o qual tem a possibilidade de apoiar projetos tanto na UPM quanto nas demais unidades do Mackenzie, como seus Colégios, Faculdades e Hospitais. “Um ponto forte deste fundo é que ele financia projetos de pesquisa, inclusive com pagamento de bolsas de estudo até mesmo para alunos estrangeiros. É uma forma de contribuirmos de forma ativa para a pesquisa e desenvolvimento na sociedade brasileira e no mundo”, conclui Moura.

Além das autoridades já citadas, estiveram presentes no primeiro encontro, da parte da Universidade de Pyongyang: Park Jae Sook, esposa do reitor Rul; o intérprete Ko Young Gyu; e os acompanhantes Yong Shik Kim, Park Jee Ung, Alvaro Sung Lim Kim, Kim Ho Chol e Kim Kyong Il.

Assinatura do memorando de entendimento (MoU)

No dia 30 de junho, a comitiva da Pyongyang University of Science and Technology retornou ao campus Higienópolis para a assinatura do memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) entre as instituições.

Estiveram presentes na assinatura o pró-reitor de Controle Acadêmico (PRCA), Wallace Tesch Sabaini, representando o reitor da UPM; a coordenadora dos programas de pós-graduação professora Maria Cristina Trigueiro, representando o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação; e o coordenador da Coordenadoria de Cooperação Internacional e Interinstitucional (COI), professor Pedro Buck.

Da parte da Universidade Pyongyang estavam presentes, novamente, o reitor Lee Sung Rul e sua esposa Park Jae Sook; o intérprete Ko Young Gyu; e os acompanhantes Park Jee Ung e Kim Sung Lim.

Antes da assinatura do MoU, feita pelo pró-reitor Sabaini e reitor Rul, houve uma breve apresentação sobre os programas internacionais, a interação com outros países e as oportunidades de parceria das ações que o Mackenzie realiza. O professor Buck comentou sobre os próximos passos e o desenvolvimento de atividades em conjunto. “Parece que temos bastante sinergia nos programas de verão, o study abroad. Além disso, eles mostraram muito interesse em participar da nossa Semana Internacional. E aí já temos duas agendas bem interessantes, nas quais o Brasil é muito forte, que são agricultura e grafeno”, explica o coordenador da COI.

O pró-reitor Sabaini afirmou que para a UPM é uma satisfação formalizar um convênio com a Coreia do Norte. “É um projeto de internacionalização muito robusto da Universidade e temos a oportunidade de dar uma contribuição para o desenvolvimento da nação coreana”, diz.

Ao fim da reunião, o reitor Rul agradeceu a prontidão da UPM e disse que está muito feliz com o resultado. “Gostaria de expressar a gratidão a Deus e ao Mackenzie por abrir essa porta. É uma grande honra e já consigo ver que a união entre as instituições trará muitos benefícios”, ressalta.

Destaque com instituições internacionais

Segundo Buck, há alguns anos, muito se falava sobre cultura e mercado globalizado, mas com a chegada da pandemia ocorreu o fechamento de fronteiras, o que gerou uma dificuldade de trocas entre instituições. “O Mackenzie mostra que a saída é se relacionar, abrir as fronteiras e portas para os nossos alunos e pesquisadores. Muito se evolui ao olhar para fora”, afirma.

O coordenador ressalta que o Mackenzie tem investido e incentivado esse tipo de relacionamento e que, agora, com a Coreia do Norte, já são 39 países parceiros em programas internacionais e, consequentemente, maior inserção global.