28.07.2022 - EM
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), por meio da Pró-Reitoria de Graduação (PRGA), realizou, na manhã de quarta-feira, 27 de julho, a abertura do V Fórum de Aprendizagem Transformadora, evento voltado para capacitação e atualização do corpo docente da instituição. O encontro foi realizado de forma virtual e continuará ao longo da semana com uma série de atividades.
O reitor da UPM, Marco Tullio de Castro Vasconcelos, deu as boas-vindas aos professores e celebrou o retorno das atividades do segundo semestre. De acordo com ele, a implantação de novos recursos pedagógicos, que priorizem a aprendizagem transformadora, deve ser fruto do trabalho entre a Universidade e o corpo docente. “Vamos caminhar e desenvolver esse projeto coletivamente, mas tenha certeza de que a Universidade está colocando isso de forma orgânica”, declarou.
Para o chanceler do Mackenzie, reverendo Robinson Grangeiro, o processo de aprendizagem deve ser o foco do ensino. “O que vai validar o trabalho do educador é se o aluno realmente aprendeu o que foi ensinado”, explicou. Ainda de acordo com o reverendo, o foco de uma aprendizagem que busque a transformação é central na missão mackenzista.
“Na UPM, e em todas as unidades educacionais do Mackenzie, a nossa missão é educar e cuidar do ser humano para o exercício da cidadania plena, algo que vai muito além de simplesmente ensinar aquilo 'que o mercado quer'. Todo aprendizado se revela não como um fim em si mesmo, mas como uma revelação de um propósito maior”, apontou o chanceler.
Já a pró-reitora de Graduação, Janette Brunstein, realizou uma retrospectiva do que já havia sido apresentado nas edições anteriores do Fórum. De acordo com ela, a atual edição representa uma consolidação deste evento, com a apresentação da ferramenta chamada e-Portfólio. “Desenvolvemos uma série de competências, mas nem sempre elas ficam claras. O e-Portfólio seria uma forma de evidenciar e comparar para o aluno as competências que ele desenvolve durante seu percurso acadêmico”, explicou sobre a ferramenta. O assunto foi tema da primeira palestra, realizada nesta quarta-feira.
A pró-reitora ainda chamou a atenção dos professores para outras atividades, oficinas e palestras do Fórum, que acontecerá até sexta-feira, 29 de julho. A programação completa está disponível aqui.
Sobre o e-Portfólio
A primeira palestra do V Fórum de Aprendizagem Transformadora foi feita pela pesquisadora do Designing Education Lab (DEL) e cofundadora do Integrative Learning Portfolio Lab, da Universidade de Stanford, Helen L. Chen. O tema abordado foi “Dos Resultados à Eficiência: usando e-Portfólios para documentar o aprendizado no século XXI”.
A pesquisadora iniciou sua apresentação dizendo que estava honrada em participar do evento e compartilhar seus estudos sobre como o e-Portfólio ajuda o aluno a apresentar e contar sua história de aprendizagem. “Por que o e-Portfólio e por que agora? É como os estudantes organizam suas habilidades e experiências para o futuro”, disse Helen Chen.
Ela destacou que a criação do e-Portfólio passa por um processo de reflexão e permite ao aluno identificar não apenas o que sabem, mas o que podem fazer para alcançar o sucesso profissional.
Chen também ressaltou que a iniciativa do Mackenzie Student Transformative Learning Record (MackSTLR) é uma forma muito interessante de documentar a trajetória de aprendizagem dos estudantes.
Após a palestra de Helen Chen, foi a vez da professora associada da Universidade Complutense de Madri e doutora em Ciências da Educação, Monika Ciesielkiewicz, debater sobre o tema “O e-Portfólio: um recurso para o recrutamento”, com a apresentação de três pesquisas sobre mercado de trabalho.
Segundo Monika, o e-Portfólio é uma ferramenta de aprendizagem, de avaliação e de busca por trabalhos, tópico no qual ela destacou o que os recrutadores procuram ao analisar um e-Portfólio.
Ainda de acordo com seus estudos, as porcentagens da prática para o e-Portfólio no mercado de trabalho e processos seletivos são altas. “Muitas habilidades podem ser demonstradas em um e-Portfólio, diferentemente de um currículo comum”, completou Monika Ciesielkiewicz.