Mackenzista é vice-campeã em Panamericano On-line Universitário de Xadrez

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Julia Alboredo já se prepara para o Mundial, próximo campeonato universitário 

01.10.2020 - EM Esporte

Comunicação - Marketing Mackenzie


A mackenzista Julia Alboredo, esportista de xadrez e aluna do curso de Química da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), conquistou a medalha de prata no Panamericano On-line Universitário 2020, realizado pela FISU - International University Sports Federation, no dia 29 de setembro. 

No meio universitário, a jogadora já participou dos jogos paulista, brasileiro e mundial, mas panamericano foi a primeira vez. Antes da fase eliminatória, havia uma  classificatória, que aconteceu nos dias dia 23 e 25 de setembro. De 70 meninas, apenas 8 se classificariam. “Foi bem difícil. Eu me classifiquei em sétimo, enquanto só classificavam oito, então bem na “raspa” mesmo”, conta Julia aos risos. 

Já na fase eliminatória, vencia a melhor de cinco partidas. No dia 27 de setembro, nas quartas de final, ela enfrentou o Peru, vencendo por 3x0. Na semifinal, que aconteceu no mesmo dia da final, a mackenzista também venceu por 3x0, dessa vez enfrentando uma cubana.

No último jogo, contra a Colômbia, o placar não deu para o Brasil. “Fiquei muito feliz com a prata, porque quando você não espera, o resultado é ainda mais gratificante. Minhas adversárias, tanto a cubana quanto a peruana, eram difíceis, a peruana se classificou em primeiro na fase classificatória”, conta orgulhosa de sua conquista.

Entre seus diversos títulos, Julia acumula uma medalha de ouro e duas de prata no Brasileiro Universitário. Duas pratas no Campeonato Sulamericano e uma de suas conquistas preferidas, mesmo que sem medalhas, foi o 4º lugar no Campeonato Mundial Universitário. “Estavam os melhores países, potências do xadrez!”, lembra ela com orgulho.  

Mudança no tabuleiro

Devido à pandemia da covid-19 e todas as medidas de segurança, o Panamericano teve de acontecer on-line. Julia conta que mesmo durante esse período que temos enfrentado, as partidas de xadrez continuaram acontecendo, graças à possibilidade da realização por meios digitais.

“É uma experiência diferente, é muito difícil. E estranho, na verdade, jogar uma competição tão importante no conforto da sua casa”.

Para Julia, existe o lado bom e o lado ruim nesse novo formato, afinal, algumas características das competições tiveram de mudar, uma delas foi o controle de tempo para cada jogador. “Quando jogamos em torneios presenciais, geralmente, uma partida de xadrez dura de quatro a cinco horas. As partidas do panamericano universitário on-line duravam no máximo 10 minutos!”, conta. A jogadora diz ser necessário uma concentração maior, afinal você não está no tabuleiro, frente a frente com sua adversária.

Além do alto desempenho das competidoras, a questão do controle do tempo muito distinto do jogo presencial fez com que Julia não esperasse conquistar a medalha de prata. “No jogo on-line, não dá para pensar muito. Você segue sua intuição e faz o lance”, conta. Por isso, ser vice-campeã foi muito comemorado pela esportista. “Fiquei muito feliz de trazer essa prata. Considero bastante essa conquista, não só para o Mackenzie, mas para o Brasil inteiro”, celebra. 

Dedicação e amor pelo que faz 

A esportista já se prepara para o Campeonato Mundial Universitário, que aconteceria na Polônia, mas terá de ser realizado on-line, de 26 a 30 de outubro. Julia diz estar com a expectativa alta.

“Vou dar o meu melhor e ver o que pode ser melhorado em relação ao Panamericano. Vou analisar minhas partidas e ver os pontos para melhorar e chegar com tudo para representar o Brasil e o Mackenzie no Mundial Universitário”. 

A relação de Julia com o xadrez está em todos os lugares. Atualmente, a mackenzista trabalha em uma empresa internacional que visa  transmitir eventos e divulgar o esporte para o mundo inteiro. “Tudo que faço no meu dia a dia é relacionado ao xadrez, seja trabalhando ou treinando”, diz.

Para quem deseja seguir os mesmos caminhos que a mackenzista, Julia dá uma dica: “você não pode desistir. O xadrez não tem muita visibilidade no Brasil. Mas você precisa seguir em frente. Independentemente do que os outros digam, se você gosta de xadrez, de se dedicar, você tem que seguir em frente. Essa é a filosofia que eu adquiri nos meus últimos anos”, finaliza.